O Bloco refere-se às reuniões recentemente ocorridas entre os presidentes das autarquias de Torres Novas, Abrantes e Tomar que considera “um mau prenúncio”. Num comunicado distribuído aos jornalistas, o BE considera que os presidentes das câmaras em causa, “ao excluírem os outros concelhos deste debate, não promovem o necessário clima de confiança entre todos municípios da futura comunidade”. Nesse sentido o partido entende que a construção da comunidade urbana exige um clima de cooperação. E sublinha que a iniciativa não pode estar inquinada “pela suspeita da existência de grupos de pressão organizados”, acrescentando que é exigível a participação das autarquias e dos cidadãos a todos os níveis. “A criação e o desenvolvimento da futura comunidade deverá assentar no respeito por todas as autarquias e autarcas envolvidos”, diz ainda o comunicado, no qual se apela também à igualdade “sem bacocas disputas de protagonismo”. O Bloco considera que a Comunidade Urbana do Médio Tejo vai permitir planificar aquela sub-região de forma mais integrada. Entende ainda que desta forma é possível articular melhor os investimentos públicos e potenciar a complementaridade entre concelhos, num espaço a norte do distrito onde residem mais de 230 mil pessoas. Comentando as críticas do BE, os presidentes da câmaras Municipais de Abrantes e Torres Novas, em declarações à Rádio Voz do Entroncamento, chamaram a atenção para o facto de o direito de reunião ser livre e recordam que muito tempo antes de se falar na constituição da Comunidade Urbana já os três autarcas se encontravam regularmente para tratar de problemas comuns.