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Santarém, a capital do Polis

Mário Vasco de Oliveira - Oeiras
Os jornais citadinos, no fim de Novembro, traziam todos em “letra gorda” que Santarém iria receber 5 milhões de euros para requalificação urbana até 2006. Refere-se na notícia que Santarém compromete-se a requalificar vários espaços verdes entre os quais o jardim das Portas do Sol e a criar outras zonas na cidade.(...)Não se percebe bem como é que com tão fraca verba se pretende pôr o planalto em condições de tanta dignidade. Vamos por partes: julgo não haver dúvidas de que, enquanto o centro histórico estiver na degradação actual, tudo o que houver em dinheiro grosso deve ser para ali canalizado. E se isto se conseguisse já será óptimo.As ruas, travessas, becos, escadinhas necessitam de arranjo urgente e ninguém me convence de que, sem a recuperação real nestas vias, a cidade “possa levantar a cabeça”. Ainda ontem dei uma volta pelo coração do centro histórico e fiquei pasmado como é possível, ao fim de tantos anos, ter vias com pedras brancas e pretas à mistura num emaranhado indescritível. Travessas mal calcetadas, misturando cimento, alcatrão, pedras e até “tijolo burro”.As Escadinhas de S. António estão uma lástima e as da Ribeira não estão melhores. Das inúmeras vias e ruelas dou apenas como exemplo Beco dos Fiéis de Deus, Travessa da Hera, Travessa da Boleta, Travessa de D. Mónica, Rua 15 de Março, Travessa 15 de Março. Sem ruas com um mínimo de dignidade, quem leva a sério a designação de “Capital do Gótico”?.Dizem os jornais que 3 “pesos pesados” do urbanismo se vão debruçar sobre o campo Emílio Infante da Câmara. Do “triunvirato” conheço apenas dois que são santarenos altamente qualificados. Naturalmente que o terceiro não lhes será inferior.O que eu como curioso das coisas da cidade sugeria é que deixassem mais uns anos os magnos problemas do Campo da Feira. Do Largo das Amoreiras e de outras coisas muito importantes. E que nessa pausa para meditação tentassem dar uma ajuda na resolução de coisas mais comezinhas. Cito a reparação das ruelas do século XIX, recuperação de pequenas casas com r/c, castiças, onde viveu gente e agora desabitadas, à espera que o tempo as desfaça com a ajuda de interessados que as destelham.(...)

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