Começaram com quatro e são actualmente perto de 15 os dirigentes responsáveis por movimentar os mais de 100 atletas da secção de basquetebol do CDTN. Um trabalho com oito meses que se traduz na existência de duas equipas de Cadetes, uma feminina e outra masculina, o mesmo se passando nos Iniciados, além de quatro equipas de mini-basket. “A formação é e será sempre um dos nossos objectivos prioritários”, assegura Aires Marques, dando como exemplo as actividades já realizadas a par da participação das equipas nos respectivos campeonatos distritais. Um número que, segundo o dirigente, poderá ser duplicado em breve, caso avancem os protocolos que a secção está a negociar com algumas entidades. Um desses exemplos foi a organização do Dia Aberto em Basquetebol, que contou com a presença do treinador Carlos Barroca e do jogador do Benfica, Francisco Jordão. Nessa acção estiveram envolvidas cerca de 230 crianças dos seis aos 15 anos, vindas também doutras localidades do distrito que fizeram os primeiros dribles no basquetebol. O passo seguinte foi a realização do Campo de Férias Desportivas. A acção envolveu cerca de 70 jovens que, durante mais de uma semana, tiveram oportunidade de praticar diversas actividades. Desde o mini-basket à dança, passando por uma visita a uma escola de paraquedistas, onde os jovens tiveram oportunidade da fazer saltos e treino com cães. Outro dos destinos foi a bela paisagem dos Olhos D’Água, em Alcanena, com direito à prática do slide, rapel, canoagem e tiro com arco.Neste aspecto, Aires Marques destaca a parceria realizada com a Escola Preparatória Manuel de Figueiredo, na qual as crianças que participaram naquele campo de férias tiveram direito a pequeno almoço, almoço e lanche. “Com o dinheiro que sobrou das inscrições e dos patrocínios oferecemos um computador a esta escola, à qual agradeço a colaboração na pessoa da professora Manuela Pinheiro, presidente do Conselho Directivo”.O director-técnico e Seleccionador Nacional de minibasquete, Carlos Sampayo Araújo, marcou presença em Torres Novas durante a realização de um curso de treinadores de minibasquete para jovens. Em conjunto com a Federação Portuguesa de Basquetebol e a Escola Nacional de Minibasquete, o CDTN organizou novos cursos de treinadores, cursos de árbitros e oficiais de mesa. Uma formação necessária para 15 miúdos e que de acordo com o dirigente, “se exige, sabendo que eles vão ser os treinadores do futuro”. Fazendo um balanço positivo do trabalho realizado, Aires Marques salienta que o actual corpo de dirigentes encontrou uma secção cheia de dívidas e com a equipa de seniores que desistiu do campeonato. “Pagámos tudo e limpámos o nome do clube. Hoje, não temos dívidas com ninguém e já organizámos algumas actividades”, lembra com satisfação. Uma das iniciativas mais aguardadas mas que não se realizou foi a ida dos Globettroters a Torres Novas. Aires Marques faz questão de explicar que tudo se deveu a questões logísticas e administrativas por parte da equipa americana depois do atentado de 11 de Setembro. Mostrando-nos um documento onde se podia ver um número de identificação bancária, o montante acordado e as empresas colaborantes, Aires Marques recusou qualquer culpa na ausência d a equipa maravilha. “Fomos a única entidade em Portugal que cumpriu o pagamento e já contávamos com o apoio de órgãos de comunicação social como a Sport TV e Record”, assegura. A médio prazo, chegará a segunda edição do Dia Aberto em Basquetebol. Está garantida a presença do professor Luís Magalhães, técnico campeão nacional pela Portugal Telecom, acompanhado de dois jogadores do clube. Dias 12 e 13 de Abril e para manter anualmente, realiza-se o Torneio de Páscoa, destinado ao escalão de cadetes (masculinos e femininos). Uma prova que contará com a presença de três clubes com equipas seniores na Liga Profissional. No final do ano lectivo, chegará a vez da organização de novo campo de férias.Para já, Aires Marques “reclama” mais horas de treino e de pavilhão. Segundo explica, “o responsável camarário pela distribuição dos horários fá-lo com base nos anos transactos. Se resolvermos criar um clube com dez equipas não temos direito a nenhuma hora”. Um critério que na sua opinião fecha as portas a novas iniciativas.O dirigente refere que a aposta da secção de basquetebol vai no sentido da formação de cidadania e desportiva dos jovens, pondo mais em segundo plano os feitos desportivos. A comprová-lo, diz, “estamos a criar uma mística no clube em que os pais enchem mais bancadas nos pavilhões que visitamos que os próprios anfitriões”. Corpo técnico e médico reúnem-se com frequência para acompanharem não só a evolução física dos atletas como a sua componente escolar. Neste último caso, Aires Marques sugere que os pais dos atletas não os proíbam da prática do desporto quando se “portam mal”. Mais vale tirar-lhes o telemóvel, a consola ou a internet do que o desporto”, conclui.