Augusto Parreira - que se prepara para ficar sem os pelouros que detinha, depois de há duas semanas lhe ter sido retirada a confiança política pelo presidente sem que tenha sido dada uma justificação - mostrou uma folha com nomes que garantiu terem sido apontados pelo presidente para os respectivos lugares. “São as sete pessoas que quer que entrem”, acusou o vereador.Paulo Caldas rebateu as críticas, afirmando que faz questão de se afastar dos concursos para que não seja acusado de interferir, mas admitiu que se tratavam dos nomes de sete actuais funcionários da câmara a quem foram distribuídas cópias para concorreram ao lugar, já que corresponderiam ao perfil exigido. “Sendo pessoas que prestam serviços nesta casa deveriam ser contactadas”, justificou Paulo Caldas, acrescentando que não influencia os júris. “O júri é que faz a proposta final de nomeação das pessoas que tem sido objectiva”, assegurou.Depois das acusações o vereador da oposição, Vasco Cunha (PSD), solicitou explicação, criticando também o presidente da autarquia por se escusar a clarificar os motivos que levaram ao afastamento do vereador socialista que ficou sem pelouros. “Não podemos continuar com acusações sem que haja ónus da prova e uma argumentação final”, salientou.Na Câmara Municipal do Cartaxo estão a decorrer concursos públicos para um lugar de psicólogo e para um auxiliar de serviços gerais. A abertura do concurso de psicólogo, divulgada no Diário de Notícias, motivou a candidatura de 180 técnicos, dos quais 80 foram contactados para entrevista.