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DRAOT confirma problemas no saneamento de Alcanena

A Direcção Regional de Ambiente e Ordenamento do Território (DRAOT) de Lisboa e Vale do Tejo reconhece que o sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena “apresenta alguns problemas” ao nível da rede de colectores, em parte devidos “à idade do sistema de drenagem e à agressividade dos efluentes das indústrias de curtumes”.Essa entidade confirma assim a versão do responsável da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, que, em notícia publicada em O MIRANTE a 6 de Fevereiro último, reconheceu a necessidade de, nas alturas de maior pluviosidade, efectuar algumas descargas de efluentes sem tratamento no rio Alviela. Uma situação causada pelo aumento do caudal de efluentes entrado naquele equipamento devido a rupturas nos colectores que permitem a infiltração das águas da chuva na rede de esgotos.Sempre que a capacidade máxima de tratamento da ETAR – na ordem dos 10 mil m3 diários – está em risco de ser ultrapassada, parte dos esgotos industriais e domésticos acaba por ser desviada directamente para o rio sem ser objecto de tratamento. O que tem provocado a indignação e a revolta de autarcas de freguesias ribeirinhas, como o presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros, Firmino Oliveira.De qualquer forma, a directora da DRAOT, Fernanda Vara, informa que relativamente a esses problemas “foi já solicitada a intervenção do Instituto da Água, na qualidade de dono da obra, para a realização de várias acções de melhoria, com o que se espera resolver os problemas a médio prazo”.A mesma entidade revela ainda que solicita periodicamente a intervenção dos serviços sub-regionais de Santarém para acções de fiscalização, tendo estes visitado várias unidades industriais, “não tendo, até ao momento, verificado qualquer lançamento de efluentes no meio hídrico ou no solo”.NOVAS QUEIXAS NO ALVIELAEntretanto, o presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros denunciou mais uma descarga de produtos poluentes no rio Alviela, tendo dado conta dessa situação a vários vereadores da Câmara de Santarém. Luísa Mesquita, do PCP, levou o assunto à reunião do executivo de segunda-feira, dando conta das preocupações do autarca e exigindo que a câmara tome medidas com vista à fiscalização do rio.Contactado por O MIRANTE, o sargento-ajudante Marques, do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR, afirma não ter ainda conhecimento dessa ocorrência, que se terá registado no dia 6 de Março. Mas o mesmo graduado confirma que já foram denunciados vários casos de poluição no Alviela ao longo dos últimos tempos e que inclusivamente já foram identificados alguns prevaricadores a quem foram levantados autos. “Infelizmente são situações que acontecem várias vezes. Normalmente devido a empresas que mandam os seus dejectos sem qualquer tratamento para o rio”, observa.

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