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Os 95 alunos da Escola do Sul do Cartaxo já estão de regresso ao remodelado edifício da instituição

Estudantes disseram adeus aos bombeiros

Reabriu a EB nº 3 (Sul) do Cartaxo

Após oito meses a ter aulas no quartel dos bombeiros, os estudantes da Escola Básica nº 3 (Sul) do Cartaxo, voltaram a casa. Uma casa remodelada e a cheirar quase a novo que atenua as saudades do convívio diário com os soldados da paz.

Os alunos da Escola n.º 3 (Sul) do Cartaxo, que desde o Verão se encontrava encerrada para obras, regressaram na quinta-feira à tarde ao renovado estabelecimento em clima de festa, deixando para trás uma experiência inesquecível. Ter aulas durante oito meses no quartel dos Bombeiros.Para os 95 alunos e mesmo para os professores, foi um tempo fantástico. Para os elementos da corporação não o foi menos. “Foi uma experiência muito boa. Nunca nos atropelámos. O espaço foi dividido. O primeiro piso era reservado às aulas e por baixo ficaram os operacionais”, conta o comandante dos bombeiros, Paulo Catarino. O espaço das traseiras do edifício ficou reservado aos alunos para o recreio. O contacto foi estreito entre alunos e operacionais. Ao mais pequeno incidente eram prestados aos alunos os primeiros socorros. “Actualmente sentiam-se como em casa”, constata o comandante.Durante a temporada na escola provisória os alunos realizaram actividades com os soldados da paz. “Foram no carro dos bombeiros até Valada, passearam pelo Cartaxo e depois construíram textos que ofereceram aos bombeiros. Foi sensacional”, observa a professora Matilde Pinheiro. Os bombeiros chegaram a tirar dúvidas aos alunos sobre equipamentos. “Um queria saber para que servia o barco que estava no quartel”, exemplifica a professora.As quatro turmas de alunos dividiram-se por três salas em horários diferentes. Duas turmas funcionavam durante todo o dia: das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00. As duas restantes revezavam-se entre a manhã e a tarde.Para os alunos foi uma experiência única. “Sentia-me numa escola diferente. Era como se estivesse a estudar também para ser bombeiro”, descreve Carlos Prada, nove anos, aluno do quarto ano. O estudante achou engraçado que e escola se tivesse mudado temporariamente para o quartel e passou a saber como é o dia a dia dos bombeiros. “O que gostava mais era quando saíam com os carros”, conta.Para Mariana Duarte mais fascinante foi conviver diariamente com as fardas dos bombeiros da paz e ouvir as sirenes a tocar. “Algumas vezes estavam só a treinar”, elucida.No regresso à verdadeira casa, o que encontraram vai ajudar a atenuar as saudades “do tempo de quartel”. A escola está totalmente renovada. Bonita como se acabasse de ser construída. O custo das obras e o equipamento das escola, suportado pela autarquia, atingiu os 100 mil euros (20 mil contos).As obras de beneficiação incluíram os arranjos exteriores da escola e a construção de um campo de jogos num espaço de terra batida. O edifício das salas foi recuperado, assim como o pequeno edifício de apoio.A vereadora da Educação da Câmara do Cartaxo, Elvira Tristão, explicou ao nosso jornal que “nunca seria possível fazer a intervenção durante o período de férias”, uma vez que ele coincide também com a época de férias das empresas de construção.O presidente da câmara, Paulo Caldas, que descerrou a placa para assinalar a reabertura do estabelecimento, lembrou que a “obra é importante para toda a comunidade do Cartaxo”.Ana Santiago
Os 95 alunos da Escola do Sul do Cartaxo já estão de regresso ao remodelado edifício da instituição

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