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O próximo desafio de Marco Reis é o Campeonato Nacional

Ribatejano campeão de Light Kick

KICK-BOXING: Marco Reis, o chamusquense que combate pelo Ginásio Olímpico de Almeirim

Marco Reis, de 17 anos, conseguiu alcançar recentemente o feito de se sagrar campeão Regional Júnior de Light Kick, a modalidade de iniciação do Kick-Boxing. O ribatejano, natural da Chamusca mas que actua pelo Ginásio Olímpico de Almeirim, ultrapassou dois adversários durante a competição disputada em Lisboa e que juntou mais de 130 atletas.

Marco Reis é da Chamusca mas passa grande parte do seu tempo em Almeirim, onde frequente a área Científico-Natural da Escola Secundária Marquesa de Alorna. O muito tempo que passa em Almeirim levou-o ao Ginásio Olímpico de Almeirim, onde há dois anos treina duas vezes por semana, pelo menos enquanto não há competições a curto prazo.“Na altura tive oportunidade de assistir a combates na televisão e gostei. Como soube que o Light Kick se praticava aqui em Almeirim, vim fazer um treino para experimentar com o João Caneco e gostei”, afirmou ao nosso jornal. Na altura Marco Reis nem sequer pensava em lutar. A sua grande motivação foi o técnico João Caneco “Ele teve de puxar muito por mim de início para me convencer”, conta.Mas uma coisa é ver combates pela televisão e outra é ter de suar as estopinhas nos treinos e nas provas. “Vi que em termos de trabalho é preciso ter vontade e uma predisposição para isto e não cada um vir quando lhe apetece”, reconhece Marco Reis. Uma disponibilidade para o desporto que já vem desde os seis anos quando foi guarda-redes de hóquei em patins nos Tigres de Almeirim, e daí a grande elasticidade de pernas que possui para efectuar os golpes. Mas no Light Kick “o essencial é aprender bem as bases e movimentos da modalidade. Depois, com a prática, tudo começa a sair naturalmente”, refere, acrescentando ainda que não é necessário ser-se dono de um carácter agressivo. O primeiro combatea sério foi o do título O primeiro combate a sério que Marco Reis disputou foi precisamente durante o campeonato regional. O atleta recorda que se apresentou na altura “muito nervoso” por ser a primeira vez, mas ganhou os dois combates que realizou, com o último a ser mais duro.É que entre os mais de 130 atletas e na categoria de juniores (+ 70 quilos), pode-se enfrentar lutadores com 100 ou 120 quilos. A estratégia, mais que segredo nesses duros momentos, é “estudar o adversário e ver o que melhor se pode fazer. Ter atenção à sua guarda e como se defende para escolher a melhor opção para atacar a «montanha»”.Como Marco Reis fez questão de assinalar, as pessoas podem pensar que é só entrar no ringue, dar uns socos e pontapés no adversário e está feito, mas não é bem assim. “É preciso ser-se mais inteligente que o adversário e não andar a desperdiçar energia sem utilidade”, afirma seguro. Na sua opinião, mais que ser vistoso nos pontapés circulares ou nos varrimentos, o que conta é saber bater na altura certa.O seu objectivo principal é chegar à modalidade de KO, em que o combate é levado até o adversário não resistir. Mas primeiro há que passar pelo campeonato regional e nacional e a partir daí enfrentar uma vertente mais competitiva. “Mas nesse aspecto estamos a falar daqui a três ou quatro anos”, adverte o seu técnico.O Light Kick é uma opção desportiva que ocupa muito do tempo e da “cabeça” de Marco Reis. O próprio admite que pensa muito nas competições e que chegada a época mais importante dos estudos o tempo “encolhe”. Mas assegura que tem feito os possíveis por conciliar as coisas dividindo as horas o melhor possível. Nessa capítulo, a opção pela área de Científico-Natural afastou-se do desporto, sendo para Marco Reis “a área com mais saídas profissionais porque ainda não sei bem o que quero fazer”. Mesmo assim está nos seus horizontes seguir a via da competição e do ensino do Kick-Boxing.Aperfeiçoara “máquina”Para João Caneco, treinador de Marco Reis, a força de vontade que o seu pupilo tem demonstrado no Light Kick vai transmitir-lhe a experiência necessária para dar o salto futuro para categorias superiores e profissionais. “Concentração e garra é o que eu sinto que ele tem e que os outros não possuem”, admite João Caneco, recuando atrás quando Marco Reis começou na primeira aula. O treinador refere que além de atingir com facilidade qualquer objectivo técnico que lhe proponha, o atleta vai para os treinos com o objectivo de treinar e mais nada. Por melhorar está a naturalidade com que actua num ringue em competição, “mas isso adquire-se com a experiência e participação”, lembra o técnico.Para Marco Reis e João Caneco, o próximo desafio passa pela disputa do campeonato Nacional dentro de três meses onde os adversários são bem mais difíceis.
O próximo desafio de Marco Reis é o Campeonato Nacional

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