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Autarquia ainda não tem garantidas verbas para as obras

Concurso para obras no cine-teatro

Câmara de Almeirim quer resolver um impasse com uma década

A Câmara de Almeirim lançou um concurso público para a recuperação do cine-teatro local mas este passo não significa que o problema, que se arrasta há uma década, vá ser resolvido a curto prazo, uma vez que a autarquia ainda tem que encontrar financiamento para pagar as obras.“Vamos tentar candidatar as obras a programas de financiamento de projectos de valorização urbana”, disse a O MIRANTE o presidente da autarquia, Sousa Gomes, que no entanto reconhece não ter qualquer garantia que tal candidatura possa ter sucesso.

A compra do edifício por parte da câmara a particulares aconteceu há dez anos e culminou um demorado processo de negociações. Depois as dificuldades continuaram com a necessidade de aquisição de uma casa vizinha do imóvel, para onde se pretende ampliar o cine-teatro. As negociações arrastaram-se tanto tempo que chegou a colocar-se a hipótese de expropriação. No início de 1999, Sousa Gomes garantia a O MIRANTE que durante esse ano o projecto de remodelação estaria concluído e que as obras podiam começar no ano seguinte (2000). Já lá vão mais de 3 anos. De acordo com o autarca, o atraso teve a ver com alterações ao processo de financiamento para recuperação de casas de espectáculo. O processo estava a ser desenvolvido pelo Ministério da Cultura. Foi aprovado, cumprindo os requisitos necessários. No entanto o Programa Operacional da Cultura previa para o terceiro Quadro Comunitário de Apoio (QCAIII) investimentos prioritários em museus. Nesse sentido, o Governo da altura (PS) verificou que era mais necessário investir na recuperação de cine-teatros. E assim propôs uma alteração do programa à Comunidade Europeia visando a mudança dos objectivos no sentido de contemplar as casas de espectáculos. Mas Bruxelas inviabilizou o pedido. Mais um contratempo para a remodelação do cine-teatro que há muitos anos vem sendo reclamada pela população. Até porque a sala de espectáculos da cidade está fechada há vários anos por não oferecer condições de segurança. Isto depois de ter ruído uma parte do tecto para cima da plateia. O que faz com que a cidade esteja privada de cinema e não possua uma sala de espectáculos de médias dimensões. Relativamente ao concurso para as obras, este prevê a execução de trabalhos de demolição, cobertura, alvenarias, cantarias, revestimentos, redes de águas e esgotos, infra-estruturas eléctricas, entre outras. No valor base das obras - 2.018.581,15 euros – inclui-se ainda o equipamento cénico e mecânico, ar condicionado e ventilação. O prazo de execução previsto é de 365 dias a partir da data de consignação da obra. A intenção da autarquia é transformar o espaço numa sala polivalente para a realização de diversas actividades de carácter cultural e recreativo. Segundo o projecto, apenas a fachada do edifício será mantida, pelo que todo o interior será construído de raiz.
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