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Mais de metade dos condutores vê mal

Os problemas de visão atingem mais de metade dos 6.400 condutores portugueses sujeitos a rastreio visual pela associação do sector automóvel ANECRA, que recomendou ao governo a realização periódica de exames aos automobilistas.

Os rastreios médicos foram realizados gratuitamente entre Novembro e Dezembro do ano passado, no âmbito de uma campanha de visibilidade e segurança rodoviária promovida pela Associação Nacional das Empresas do Comércio e da reparação Automóvel (ANECRA) em cooperação com a Direcção Geral de Viação (DGV).Os resultados do rastreio mostram que os problemas de visão se agravaram entre 2001 (quando 56 por cento dos rastreados registaram deficiências) e 2002, ano em que 3.843 condutores (60 por cento do total) registaram problemas visuais.“No rastreio detectámos casos gravíssimos de pessoas que não vêem quase nada e conduzem, e outras que não vêm bem e desconheciam de todo esse facto”, afirmou à Agência Lusa o secretário-geral da ANECRA Neves da Silva.Entre os condutores sujeitos a rastreio, mais de dois terços (72 por cento) era do sexo masculino e da zona de Lisboa (quase 3.000 dos 6.400 rastreados).Segundo os últimos dados da DGV, relativos ao ano passado, em Portugal existem 4,6 milhões de condutores, dos quais três milhões são homens.O secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães, já recebeu da ANECRA uma proposta para a realização periódica de exames médicos aos condutores, nomeadamente de visão e audição.“Em Portugal, estes exames são realizados apenas aos 75 anos, apesar de constatarmos que a grande maioria dos condutores vê mal e que essa é uma das causas da elevada sinistralidade do país”, adiantou Neves da Silva.Os resultados do rastreio também demonstram que a idade do condutor está directamente relacionada com as deficiências visuais, uma vez que os automobilistas com mais de 40 anos com problemas de visão são mais do dobro do que os de idade inferior.A campanha da ANECRA incluiu ainda a realização de inspecções gratuitas de funcionamento dos limpa pára-brisas e dos sistemas de iluminação e sinalização de viaturas em 391 oficinas associadas, que realizaram reparações em 46 mil veículos.Deficiências em faróis máximos, médios e mínimos representaram mais de metade das reparações feitas pelas oficinas, seguindo-se luzes de travagem e a luz de iluminação das chapa de matrícula.Lusa

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