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Conjugar esforços

Plano Especial de Socorro e Emergência para Incêndios Florestais

A criação de um núcleo distrital inter-sectorial de análise e coordenação dos incêndios (Nudiac) e a constituição de um órgão de crise são algumas das novidades do Plano Especial de Socorro e Emergência Distrital para Incêndios Florestais do distrito de Santarém.

O plano, apresentado na terça-feira à tarde no Governo Civil de Santarém, é o primeiro documento criado especificamente para “orientar os serviços municipais de protecção civil”, como salientou o coordenador distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Joaquim Chambel.Evitar os incêndios, dominar os fogos na fase inicial, limitar o desenvolvimento dos incêndios e reabilitar as áreas ardidas são os grandes objectivos do plano.O documento pretende dar a conhecer os meios disponíveis e definir uma estratégia a desenvolver no campo de intervenção. “É um manual a utilizar durante a época de fogos florestais para se saber a quem recorrer em caso de emergência”, resumiu.O núcleo distrital inter-sectorial de análise e coordenação dos incêndios – uma das grandes mais valias do documento - irá reunir elementos de várias entidades ligadas à problemática dos incêndios, entre as quais Associação de Municípios do Médio Tejo e Lezíria do Tejo, Corpo da Guarda Florestal, Direcção Regional da Agricultura, Instituto de Meteorologia, Instituto de Conservação da Natureza e Associação de Produtores Florestais do Distrito, entre outros, permitindo a congregação de esforços.O Nudiac, presidido pelo Governador Civil, responsável máximo por esta área no distrito, reunirá todas as quartas-feiras para detectar pontos fracos, traçar novas estratégias e analisar no local situações graves.O órgão de crise, previsto no documento, poderá ser activado pelo Governador Civil em caso de uma situação excepcional de emergência.O plano apresentado estabelece três períodos de perigo de incêndios florestais (baixo, médio e alto perigo) coincidentes com determinados meses do ano.O documento foca a possibilidade de ocorrência de situações especiais derivadas de condições meteorológicas que possam obrigar à alteração do estado de prontidão do dispositivo preparado. “O grau de vigilância e alerta deve ter em consideração as informações meteorológicas”, afirma Joaquim Chambel.Para garantir a vigilância existem no distrito 18 torres vigia, brigadas móveis da guarda florestal, quatro brigadas do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, seis brigadas de Sapadores florestais e patrulhas da GNR, além da vigilância aérea.Um dos objectivos do plano é também evitar sobreposição de vigilância, estudando os respectivos traçados que poderão ser sujeitos a alterações.Para fazer o combate aos incêndios no distrito está preparado um dispositivo especial composto por 40 grupos de primeira intervenção, 21 grupos de apoio, um elemento de comando de serviço do centro Distrital de Operações de Socorro, dois elementos de comando de serviço às zonas operacionais (norte e sul) e dois elementos de comando de serviço aos centros aéreos.Para fazer frente aos fogos no distrito existe ainda um helicóptero médio no centro de meios aéreos do Sardoal e um helicóptero bombardeiro pesado no centro de meios aéreos de Ferreira do Zêzere.

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