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Chamusca com ozono a mais

Os níveis da concentração de ozono na atmosfera ultrapassaram na tarde de terça-feira os valores considerados normais, na Chamusca. O concelho ribatejano foi um dos pontos onde o Ministério do Ambiente detectou valores acima das 180 microgramas por metro cúbico - limite normal máximo e acima do qual o ministério é obrigado a anunciar publicamente os valores.

Segundo um comunicado da Direcção Regional de Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo, entre as 17h00 e as 18h00 registaram-se na Chamusca 198 microgramas de ozono por metro cúbico, um dos valores mais altos registados nesse dia no país, cujo máximo foi atingido em Paio Pires (Seixal), onde se atingiram 219 microgramas.Mas se no Seixal, dada a concentração industrial, é fácil explicar porque é que os níveis de ozono atingiram valores tão altos, no caso da Chamusca, um concelho rural, não se encontram grandes razões para que tal aconteça. O presidente da câmara, Sérgio Carrinho, desdramatizou a situação, revelando que sempre que o calor aumenta, a estação de medição do ozono, existente há cerca de oito meses junto ao miradouro do Senhor do Bonfim, dá o alarme. Recorde-se que terça-feira foi um dia particularmente quente. O autarca referiu ainda que na altura se registavam vários incêndios em concelhos vizinhos, o que pode ter contribuído para o aumento do nível de ozono.O MIRANTE tentou contactar técnicos da delegação de Santarém da Direcção Regional do Ambiente de Lisboa e Vale do Tejo para obter uma explicação sobre o nível anormal de ozono mas tal não foi possível.José Alho, Presidente da Liga para a Protecção da Natureza e conhecido ambientalista, disse ao nosso jornal que esta não é a primeira vez que se registam valores elevados de ozono na Chamusca. Segundo ele, apesar da Chamusca não ser um concelho industrial, é possível ser atingido através de gases arrastados pelos ventos. Nos valores hoje observados, o ozono pode provocar efeitos em grupos mais sensíveis, como crianças, idosos, asmáticos ou alérgicos e indivíduos com doenças respiratórias ou cardíacos.A exposição ao ozono afecta essencialmente as mucosas oculares e respiratórias, podendo manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça e no peito, falta de ar e irritações oculares. Nos termos da lei, o Ministério do Ambiente é obrigado a anunciar publicamente os valores de concentração de ozono quando ultrapassam os 180 microgramas/metro cúbico.

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