A oposição pouco podia fazer para que não fosse aprovado o documento. A CDU, força política que mais se bateu para que a gestão da água continuasse nas mãos da autarquia, voltou a reafirmar que o executivo optou pela solução mais fácil, já que ao longo de todos estes anos preferiu não investir no sector. Afirmando estar de acordo com um princípio de dar a gestão das águas a privados, o PSD acabou por se abster, justificando a sua decisão com o facto de o documento, com 200 páginas, só ter sido entregue aos eleitos com três dias de antecedência, não lhes dando tempo para o analisar em pormenor.A mesma posição foi tomada pela oposição relativamente à proposta da primeira revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano (GOP) da autarquia. A CDU votou contra, o PSD absteve-se uma vez mais.Onde ambos estiveram de acordo foi no “não” dado à proposta apresentada pela câmara para uma operação de leasing, destinada a financiar as obras no Convento do Carmo (antigo hospital), para onde a câmara pensa transferir os Paços do Concelho.PS, PSD e CDU só manifestaram o mesmo sentido de voto no quarto ponto da agenda, respeitante à proposta de concepção, construção e exploração de um parque de estacionamento público semi-subterrâneo para viaturas, inserido no Almonda Parque.