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Tomás Barreiro admite deixar a direcção

Assembleia-geral no dia 11 vai ser decisiva para o futebol sénior do União de Almeirim

A equipa sénior do União de Almeirim já treina, mas ainda corre o risco de não entrar no campeonato. Desiludida com a falta de apoios ao clube, a actual direcção convocou uma assembleia-geral para dia 11 de Agosto (segunda-feira) onde vai ser decidida a continuação ou a suspensão do futebol sénior em Almeirim. Sem apoios, o actual presidente do clube admite demitir-se.

O dia 11 de Agosto (segunda-feira) vai ser decisivo para a vida do União Futebol Clube de Almeirim. Na assembleia-geral marcada para esse dia, vai ser, mais uma vez, discutida a situação financeira e desportiva do clube. Nesta conjuntura e apesar da equipa sénior já estar a treinar, ter efectuado pelo menos um jogo treino e ter entrado no sorteio que definiu o calendário da Série D do Campeonato Nacional da III Divisão, ainda não é líquida a continuidade do futebol sénior no popular clube de Almeirim.Segundo uma informação do actual presidente da direcção, Tomás Barreiro, a situação é muito grave e ainda tudo pode acontecer. “O clube está mergulhado em dívidas, as forças vivas da cidade e os notáveis do clube estão mais interessadas em acabar com o futebol sénior do que em continuarem a ajudar o clube”, diz desiludido o dirigente.Tomás Barreiro confessa-se desgastado por andar a lutar contra moinhos de vento. “Têm sido cinco meses de grande desgaste. O clube que há pouco mais de um ano atrás estava bem financeiramente está agora cheio de dívidas. Temos procurado por todos os meios encontrar alguém que ajude o clube e toda a gente fecha as portas. Há alguém a patrocinar uma guerra contra nós, que afinal é contra o clube, e todos os dias aparecem boatos sem qualquer fundamento a circular que só servem para nos denegrir. É tempo de dizer chega”.“Temos feito tudo para manter a dignidade do clube, mas nada nem ninguém parece estar com o União de Almeirim. A equipa está a treinar, mas condicionada até ao dia 11, depois logo se vê. A assembleia vai ser soberana, mas se não aceitarem o fim do futebol sénior, os sócios terão que arranjar soluções, porque nós não podemos fazer milagres”, garantiu o presidente.A actual direcção diminuiu o orçamento para o futebol sénior até níveis quase “milagrosos”. Dos 15 mil euros mensais do ano passado passou-se para três mil e quinhentos euros este ano, mas nem mesmo assim a actual direcção vê possibilidades de continuar com a equipa nesse escalão. “Isto é triste mas é a realidade actual”, reforçou Tomás Barreiro.A Conforlimpa foi até ao final da época passada o principal patrocinador do clube e Tomás Barreiro, que na sua anterior passagem pelo clube contou com a colaboração daquela empresa, tece-lhe os maiores elogios, porque os seus administradores sempre souberam ajudar o clube e honrar os seus compromissos, mas as coisas estão más para toda a gente e a retirada do apoio da empresa foi devastador.Um pedido feito à Câmara Municipal de Almeirim, que mantinha o nível de apoio da autarquia quase nos mesmos moldes do ano passado, ainda não conheceu decisão ou resposta, e por isso Tomás Barreiro é nesta altura um homem totalmente desiludido e abatido, que coloca mesmo a hipótese de deixar o clube.“A assembleia do dia 11 vai ser decisiva: os sócios vão ter que tomar uma decisão e apontar caminhos para viabilizar o clube, por mim não estou nem nunca estive agarrado ao poder e por isso encaro como a decisão mais correcta afastar-me da direcção, porque assim pode acontecer que apareça alguém para avançar com outras soluções e capaz de fazer voltar alguns patrocinadores. Neste momento o meu afastamento é a hipótese mais natural”, disse a terminar Tomás Barreiro.

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