A Assembleia Municipal do Cartaxo não admite a instalação de uma antena de uma operadora de telecomunicações móveis numa área da freguesia de Vila Chã de Ourique, classificada como Reserva Agrícola Nacional. A empresa tinha requerido que a antena fosse classificada como de interesse municipal, condição essencial para ser ali instalada, mas levou sopa. No sexto e último ponto da ordem de trabalhos da assembleia, que se realizou a 28 de Julho, os deputados dividiram-se numa acesa discussão sobre o tema. A alguns eleitos a hipótese da instalação da antena mereceu rasgadas dissertações sobre os perigos ainda desconhecidos desta estrutura para a saúde pública. A operadora de telecomunicações, desconhecendo a costela ambientalista da maioria dos eleitos do Cartaxo já tinha instalado a antena em terrenos da Reserva Agrícola Nacional e esperava que a situação fosse regularizada com o reconhecimento, por parte da assembleia, da utilidade pública da antena. Uma situação que também caiu mal a alguns dos deputados, que reprovaram a precipitação da empresa. Os defensores da antena ainda tentaram compará-la a uma flor que não iria transformar o local num jardim. Mas pelo sim, pelo não, receando a proliferação de tais flores...de aço, os deputados rejeitaram a proposta com 10 votos contra e oito a favor.