Estava aqui o vosso amigo Rocha na Rua João Afonso, em Santarém, a esfregar no chão, com quantas ganas tinha, os sapatinhos acabadinhos de comprar, para tentar remover uma valente bosta de cão e a tentar não perder de vista o animal que fizera o serviço, que mais parecia um bezerro, mais o animal do dono que o levava pela trela, para lhe pedir contas. Mas, azar dos azares, perdeu-lhes o rasto e a oportunidade de esfregar a bosta no nariz dos dois.Nessa mesma tarde fui até ao novo e bonito parque de diversões e lazer de S. Domingos. Mal pus um pé no chão, ao sair do carro, certinho e direitinho, pisei outra bosta, mas essa já com uns dias. Do seu autor, nem sinal.Traumatizado pelas duas pisadelas do dia interessei-me pela coisa e fui dar uma volta a pé para fazer um inventário. E digo-vos, com toda a verdade, que vi caca de todos as formas e feitios, desde a mais esparrameirada até à mais enrroladinha e consistente. Não junto fotos porque não quero estragar a digestão de ninguém. Mas há aqui uma parte que eu não entendo! Deve de haver uma lei que proíbe que os cãezinhos sejam levados pelos irracionais donos, com trela e tudo, a fazer o serviço nos locais reservados à passagem de pessoas e onde a criançada anda a brincar. Pelo menos sem que os donos levem um saquinho para fazer a recolha dos dejectos para os colocar nos contentores do lixo.Só espero, como scalabitano dos sete costados, que a empresa contratada pela Câmara  para promover a imagem de Santarém não tenha conhecimento deste meu desabafo, senão vamos brevemente ter naquelas placas na auto-estrada onde se pode ler “ Santarém - Capital do Gótico “ acrescentado “ E da merda de cão na via pública “ e com o seguinte aviso por baixo em letras muito miudinhas “ Recomenda-se muita precaução “.José Rocha – Santarém(Texto enviado através de correio electrónico)