Publicou O MIRANTE na edição de 24 de Julho um peça jornalística acerca da existência e colaboração de pessoas voluntárias em hospitais do distrito de Santarém, organizadas em Associações sem fins lucrativos vulgarmente designadas de “Liga de Amigos do Hospital’’.Lembramos que além dos Hospitais estatais existem também os Hospitais das Santas Casas da Misericórdia de Alcanena e Entroncamento, sendo que neste último trabalham desde 1998, em regime de voluntariado, senhoras da Associação de Bem Estar Social de Entroncamento, também conhecida por Entrobes.Tudo começou com a frequência de um Curso Socio-Educativo de “Visitadores de pessoas idosas, doentes, acamados e retidos”, no âmbito da Educação Extra-Escolar, no 1° semestre de 1998, e com o apoio da Paróquia da Sagrada Família de Entroncamento. As formandas fizeram as suas opções. Umas integraram Organizações de base voluntária já com existência no meio e outras escolheram iniciar uma experiência mais conforme o pensamento actual do que deve ser a acção social: contributo para o desenvolvimento da pessoa humana e não apenas assistencialismo.Encetaram-se contactos com a Santa Casa da Misericórdia de Entroncamento, proprietária do Hospital de S. João Baptista (Entroncamento) e do Lar de Idosos Fernando Eiró (Entroncamento). Houve aceitação da proposta das voluntárias e daí a pouco tempo elas passaram a estar presentes no Hospital, nas tardes dos dias úteis, nos tempos combinados ou nos que a rotina dos Serviços permite. Há também voluntárias organizadas nesta Associação presentes no referido Lar e no Lar dos Ferroviários (Entroncamento) onde realizam uma meritória acção de promoção da melhoria das relações interpessoais, complementando o trabalho dos profissionais e/ou apoiando a animação sociocultural que se desenvolve nessas Instituições. Sempre na base da colaboração voluntária, há cerca de dois anos esta Associação está também presente junto de pessoas que vivem isoladas em seus domicílios, acção que será valorizada no próximo Plano de Actividades.A acção voluntária em curso no Hospital S. João Baptista de Entroncamento, tem sido e continua a ser objecto de avaliação por parte das voluntárias que mensalmente se reúnem para o efeito, e conjuntamente com a Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento. As conclusões apontam sempre que vale a pena continuar a acção, tendo-se embora consciência (dos dois lados) que tudo deve ser feito para se superarem as dificuldades e que nunca se deve esquecer que o objectivo é “contribuir para a humanização dos serviços”, que o utente está sempre em primeiro lugar, e que a acção das voluntárias é complemento e nunca substituição do que compete aos profissionais das instituições, aliás, de acordo cota o que estipula a legislação aplicável.João A. S. Pereira – Presidente da Associação de Bem Estar Social do Entroncamento