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Alunos e professores abriram horizontes e ficaram a conhecer melhor a União Europeia

Uma escola verdadeiramente europeia

Sá da Bandeira integra núcleo fundador de federação de associações jovens

A Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, vai integrar a futura Federação de Associações de Jovens Cidadãos Europeus como membro fundador.

Há três anos que escola escalabitana representa Portugal no congresso “200 Jovens para uma cidadania europeia” por intermédio da professora de História Ana Isabel Carvalho. Este ano a quinta edição do encontro decorreu em Viena de Áustria de 12 a 20 de Julho. Portugal, um dos 15 países participantes, esteve representado pela docente responsável e por um grupo de seis alunos. Ana Bernardino, Ana Ferreira, Bruno Góis, Cláudia Feijão, João Duarte e Joana Brás foram alguns dos melhores alunos escolhidos.A participação no congresso entusiasmou os jovens escalabitanos, que integraram seis grupos constituídos por elementos de várias nacionalidades. A forma como a juventude europeia pode contribuir para mudar o mundo, os sistemas educativos na Europa, a xenofobia, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, o mercado de trabalho europeu e o atelier artístico foram as temáticas exploradas pelos grupos. Os temas começaram a ser trabalhados em Maio. Os grupos tiveram oportunidade de colocar questões a políticos locais e da União Europeia num fórum de discussão na Câmara de Viena. As conclusões dos projectos foram apresentadas em Assembleia Geral.“Este interesse pela União Europeia, pelo futuro e pela escola dificilmente se encontra. É uma pena que assim seja. O que estamos a tentar fazer é acabar com esta situação”, explica entusiasticamente Ana Bernardino, porta-voz do grupo português.FUTUROS POLÍTICOSPara alguns dos alunos portugueses, a frequentar o 11º e 12º ano, a experiência ajudou na escolha da área a seguir no ensino superior. Ana Bernardino está na área de artes e pensava de ingressar em arquitectura. Agora decidiu-se pela sociologia política. “Não vamos lá apenas falar sobre as coisas. Estamos mesmo a tentar modificar qualquer coisa, nem que seja nas nossas vidas”, revela.Na opinião dos alunos a experiência “abre horizontes” e dá oportunidade de aprender mais. “Todos nós fizemos amigos. Fartamo-nos de chorar no regresso. Aprendemos, divertimo-nos, ensinamos e convivemos”, resume Joana Brás.O encontro proporciona aos jovens um debate alargado sobre o futuro das instituições da União Europeia, do exercício da cidadania e dos problemas emergentes da integração dos países de leste no espaço comunitário.Os alunos tiveram que suportar uma parte dos custos da viagem mesmo com apoios. “Para o ano teremos que encontrar o nosso próprio autofinanciamento, o que à partida limita um pouco a actividade. É importante consciencializar as forças políticas para este projecto”, explica a professora Ana Isabel Carvalho.No primeiro dia do encontro os jovens portugueses lançaram água do Rio Tejo no Danúbio num gesto simbólico de uma Europa Unida. Uma das alunas da delegação portuguesa interpretou temas da fadista Mariza, dando a conhecer uma parte da alma lusa. Os alunos foram recebidos pela ministra dos negócios estrangeiros, visitaram a Ópera de Viena e participaram num baile de valsas.A mostra da culinária portuguesa foi uma das mais apreciadas. Do Ribatejo levaram enchidos, doçaria e vinhos oferecidos por casas agrícolas, que tornaram a mesa da escola uma das mais concorridas. As raparigas envergaram artisticamente coloridos lenços e um dos alunos mostrou como se dança o fandango na lezíria ribatejana.
Alunos e professores abriram horizontes e ficaram a conhecer melhor a União Europeia

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