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Calor arrefeceu crise no sector

Vendas de aparelhos de ar condicionado subiram
A onda de calor que se registou nas primeiras semanas de Agosto levou centenas de portugueses a comprar aparelhos de ar condicionado, uma corrida que contribuiu para a revitalização de um sector a braços com uma crise significativa.A Agência Lusa contactou algumas das empresas mais representativas do mercado português de ar condicionado, tendo constatado que a onda de calor se traduziu no aumento das vendas, o que já não acontecia há largos meses.Boas notícias para um sector que estava em crise e que se viu, no início deste ano, na eminência de ter de prescindir de funcionários. Por esta razão, e tendo em conta as perspectivas “menos boas” do mercado, alguns stocks entraram em ruptura.Segundo disse à Agência Lusa Paulo Bessa, director comercial da Sanyoportugal, representante da Sanyo, “a quebra nas vendas que se vinha acentuando desde meados do ano passado foi interrompida nos primeiros dias de Agosto”.O volume de vendas “superou todas as expectativas”, disse Paulo Bessa, revelando que o aumento terá sido na ordem dos cem por cento.Os portugueses adquiriram essencialmente aparelhos de ar condicionado domésticos, os quais se podem comprar a partir de 750 euros. O custo dos aparelhos aumenta na medida em que sobe a potência do aparelho.Apesar deste crescimento do volume de vendas, a corrida aos aparelhos de ar condicionado “não compensou a quebra” na Sanyoportugal.O director comercial prevê mesmo que, não obstante estes bons indicadores, a quebra das vendas em 2003 ainda se deverá situar nos 20 por cento.Uma situação de crise que, antes da vaga de calor do início deste mês, levou alguns comerciantes a terem perspectivas “menos boas” de vendas e, por isso, a terem menos aparelhos nos estabelecimentos.“Por esta razão, em alguns sítios houve ruptura de stocks”, acrescentou. Ideia corroborada pelo director geral da Mitsubishi Electric, António Figueiredo, para quem a venda dos aparelhos de ar condicionado domésticos foi aumentando à medida que subia o calor. O resultado dessa subida foi o aumento da venda de aparelhos na ordem dos 300 por cento, disse à Lusa.António Figueiredo considera mesmo que esta corrida ao ar condicionado significou uma verdadeira “lufada de ar fresco” para o sector que “tem estado muito mal desde o ano passado”. “Um verdadeiro balão de oxigénio”, acrescentou.O director-geral da Esteproar, representante da marca Daikin que é o “número um do mercado de ar condicionado em Portugal”, José António Anjos, confirma o aumento das vendas, embora seja mais comedido nas percentagens, prevendo uma subida na ordem dos 30 por cento.Este responsável explicou à Lusa que os portugueses continuam a adquirir estes aparelhos “por impulso”, o que “é negativo”, disse. “Os portugueses compram os aparelhos nestes períodos, por impulso, quando deviam fazê-lo de uma maneira responsável”, frisou, acrescentando que “o ar condicionado é tão ou mais útil no Inverno, quando pode ser usado quatro meses e custar menos do que qualquer outra forma de aquecimento”.Sobre as elevadas percentagens de aumento das vendas do ar condicionado, veiculadas por algumas grandes superfícies comerciais, José António Anjos explicou que estes estabelecimentos representam uma quota muito pequena do mercado”.Lusa

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