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Nova lei de imigração aumentou trabalhadores clandestinos

No ramo de hotelaria
O Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro denunciou segunda-feira que a nova lei de imigração provocou o aumento dos trabalhadores clandestinos, da precariedade e da exploração de mão-de-obra no sector.Em vigor há pouco mais de cinco meses, a nova legislação originou o aumento de trabalhadores em situação irregular no sector de Hotelaria, Restauração e Bebidas da região Centro, disse à Lusa o coordenador do sindicato, Alfredo Lourenço.A nova lei de imigração veio limitar a entrada e permanência de estrangeiros no país à existência de um contrato de trabalho prévio e a legalização apenas a quem já estivesse a trabalhar em Portugal até 30 de Novembro de 2001.Para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro (STIHTRSC), o novo regime veio “contribuir claramente para o aumento da precaridade no trabalho, exploração desenfreada e desregulamentação das relações laborais”, lê- se num comunicado.O recurso do patrão à “mão-de-obra ilegal, utilizando fórmulas que reportam a relações do tempo da escravatura” é outra das situações denunciadas pelo sindicato.“No litoral mas também em cidades do interior - sustenta o sindicato - existem verdadeiros atentados à condição humana, onde patrões, ao abrigo da ‘caridadezinha’, ajudam a esconder os trabalhadores clandestinos, usando-os para todo o tipo de trabalho durante 12 ou mais horas (diárias)”. Vilar Formoso, Castelo Branco, Coimbra e Figueira da Foz são algumas das zonas referenciadas por Alfredo Lourenço.“Como é natural, os imigrantes em situação irregular tentam trabalhar e os patrões agradecem, porque é mão-de-obra mais barata (trabalham mais horas e folgam menos) e da qual não descontam para a Segurança Social”, critica o sindicalista.Alfredo Lourenço contesta a “utilização abusiva dos trabalhadores imigrantes na criação de conflitos com os portugueses”, já que os estrangeiros, por norma, “furam as greves e as formas de luta” desenvolvidas pelos portugueses, o que, na sua opinião, pode contribuir para um sentimento anti-imigração.O sindicalista manifesta-se favorável à entrada de imigrantes de acordo com as necessidades laborais do país mas considera que, neste momento, tendo em conta o número de desempregados em Portugal, “não se justifica a entrada de mais estrangeiros”.Lusa

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