São 14 temas, na sua maioria inéditos, que compõe o novo cd da fadista. O trabalho ainda não tem nome, mas as gravações já começaram. A música já está gravada e Célia Barroca entrou em estúdio no início desta semana.Este novo CD é também a estreia da fadista, que já fez teatro e lecciona na Escola Superior de Educação de Santarém, como autora: “As letras são quase todas minhas, mas não costumo escrever porque acho que não tenho jeito para isso, a minha forma de comunicar é a oralidade, não a escrita”. Mas nunca é tarde para começar: “Quando me lembro de uma frase, primeiro cantarolo-a e só depois escrevo. Costumo andar com um gravador pequenino e vou registando os textos que me vão surgindo. Há dias em que se está muito mais inspirada do que outros”.Luís Martins, que pertencia aos Silence 4, viu os textos e achou que valiam a pena serem cantados e gravados: “Quase todos os poemas são musicados por Luís Petisca, o guitarra que me acompanha”. Além dos inéditos, Célia Barroca inclui no seu novo trabalho “Mouraria” e “Fado Mayer”. “A música é desses fados, mas a letra é minha”.O espectáculo em Torres Novas para além da voz intimista de Célia Barroca, acompanhado pelos músicos Luís Petisca (guitarra), Pedro Pinhal(viola), Susana Santos (violoncelo), Rodrigo Serrão (contrabaixo) e Luís Martins, conta com bailado e projecção de imagens. “Ainda não sei todos os pormenores do espectáculo, mas bailado e fotografia ou projecção de imagens vai incluir seguramente, à semelhança dos outros espectáculos que fiz”.Como a apresentação do disco faz parte de “Memórias da História”, programa comemorativo do aniversário do foral de Torres Novas, a autarquia local vai patrocinar o espectáculo cedendo a sala do Cine-Teatro Virgínia gratuitamente e adquirindo 300 bilhetes que entregará à Arpe (Associação de Pensionistas e Reformados de Torres Novas”.