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Encargos com desemprego de jornalistas

Sindicato queixa-se

Os encargos com o desemprego dos jornalistas aumentaram 181,3 por cento entre 2000 e 2002, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas, que se confessou “muito preocupado” com a “rápida erosão dos recursos da segurança social”.

Em declarações à Agência Lusa, Alfredo Maia precisou que, segundo as contas do SJ, entre 2000 e 2002, os encargos com o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego e subsídio parcial de desemprego passaram de 804 mil euros para 2,3 milhões de euros, o equivalente a um aumento de 181,3 por cento.“Nos primeiros sete meses de 2003, e em relação ao período homólogo de 2002, os mesmos encargos já aumentaram 59,6 por cento”, exemplificou.“Estamos alarmados com a situação a que se chegou em Portugal, perante o silêncio dos poderes públicos. Para lá das condições de trabalho dos jornalistas portugueses, estamos igualmente preocupados com a forma como se faz a informação no nosso país”, adiantou Alfredo Maia.A organização sindical traça um diagnóstico negro do panorama das redacções portuguesas e já o fez seguir para os grupos parlamentares e para os membros do governo.Para esta quarta-feira, estava marcada uma reunião da comissão do SJ com o secretário de Estado do Trabalho e da Formação, Luís Pais Antunes, estando agendada para dia 17 uma reunião com o ministro que tutela a comunicação social, Nuno Morais Sarmento.“Esta situação não pode mais ser ignorada e o governo tem muitas responsabilidades nesta matéria e pode contribuir para a alteração do actual estado de coisas”, defendeu Alfredo Maia.Segundo o presidente do SJ, o governo “tem a responsabilidade de fazer as empresas regressar às normas da contratação colectiva”, uma das questões que mais preocupa a estrutura sindical.“O governo tem competências estritas neste domínio, fazendo com que as empresas que neste momento não são abrangidas pela contratação colectiva passem a ser, com a publicação de uma portaria reguladora”, disse.Por outro lado, o presidente do Sindicato quer ver a Inspecção Geral do Trabalho “em cima” das empresas incumpridoras, sobretudo em áreas como a reestruturação das empresas.“A forma como estão a ser feitas as reestruturações nas empresas, colocando centenas de pessoas no desemprego e provocando uma grave erosão nos recursos da segurança social, é algo que não pode acontecer”, disse à Lusa.Torna-se, pois, imperioso na opinião do jornalista, “fixar regras que tornem mais transparentes e honestos os projectos de reestruturação”.O esvaziamento dos cofres do Estado através das contribuições da Segurança Social é, no entanto, a maior “dor de cabeça” do Sindicato.“Toda esta situação tem provocado uma diminuição drástica das contribuições para a Segurança Social e para o Fisco oriunda dos empregadores e dos empregados e ainda uma erosão acelerada dos recursos acumulados”, observou Alfredo Maia.Lusa

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