Palco de workshops, demonstrações e concursos de artes florais, o certame acolherá numa das naves do complexo meio milhar de floristas e vários ateliers para trabalhos de jovens deficientes, os quais terão oportunidade de mostrar arranjos florais da sua autoria. Trata-se duma iniciativa da Associação Portuguesa de Floristas (APF) e Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPADM).A Lusoflora tornou-se num excelente centro de negócios e de apresentação de todo o tipo de artigos, equipamentos e serviços relacionados com a actividade que soma anualmente participações de vulto do mercado internacional das flores, o caso de países como a Holanda, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha e, este ano, o Brasil. Isto para além, obviamente, dos principais agentes nacionais.“Uma aposta ganha no sector” comenta Albano Moreira da Silva, presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais (APPP-FN) “se olharmos ao crescente interesse com que os produtores nacionais e operadores comerciais internacionais participam neste grande encontro anual, a par da crescente afluência do público que visita este certame”.O ano 1982 marcou o início desta Mostra da produção nacional com o aparecimento do Festival Internacional da Flor, numa iniciativa isolada da Câmara Municipal de Santarém. Assegurando há 16 anos a organização do certame, a Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais é, hoje em dia, o principal interlocutor nesta matéria, fazendo a ponte entre os produtores e as entidades oficiais. Federada na Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), esta associação integra viveiristas, produ-tores ornamentais de exteriores e interiores e produtores de flor de corte.“Fomentar o intercâmbio técnico, profissional e comercial entre as entidades participantes, estimular o relacionamento comercial entre os profissionais do sector — incrementando o associativismo, implementar a divulgação de técnicas, equipamentos e produtos específicos para o sector, a par de fazer a pedagogia do papel indispensável das flores e das plantas na humanização dos espaços, em particular o das cidades e ajudar a despertar o público para o seu consumo, são objectivos do certame” frisa o presidente da APPP-FN. Tudo pelo desenvolvimento deste importante sub-sector da agricultura.Com a co-organização da Câmara Municipal de Santarém, o certame conta ainda com o empenho activo das principais entidades ligadas ao sector, Associação Portuguesa de Floristas (APF) e Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA). Também o Ministério da Agricultura estará presente com a colaboração activa da Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste (DRARO) e a Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL), participando em 200 metros quadrados de feira. A Lusoflora, cujo preço dos bilhetes ronda os 3 Euros, poderá ser visitada de 3 a 5 de Outubro, no CNEMA, em Santarém. Abre as suas portas ao público na sexta-feira e sábado, 3 e 4 de Outubro, a partir das 15 horas; e domingo, dia 5 de Outubro, a partir das 10 horas. O certame encerra nos três dias às 20 horas. Floresta em debateNo sector florestal em concreto, após um período estival desastroso, Lusoflora “constitui o primeiro certame nacional do debate a realizar sobre a reflorestação das vastas áreas ardidas, não apenas do ponto de vista mais específico da feira relacionada com plantas florestais, mas num âmbito mais alargado, com a participação dos demais intervenientes sectoriais quer a montante quer a jusante da actividade viveirista”, garante Paulo Pimenta de Castro, presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA). Uma associação com mais de uma centena de empresas associadas, representando cerca de 70% do total de empresas que actuam no domínio da execução de obras florestais.No plano nacional, a LUSOFLORA “representa actualmente o único evento relacionado com a actividade de produção e fornecimento de plantas florestais, constituindo o espaço privilegiado de debate e apresentação de estratégias de mercado para os próximos períodos de florestação”, acrescenta o responsável da ANEFA.Desde há dois anos que a ANEFA realiza nesta feira o Encontro Nacional de Viveiristas Florestais. Este ano decorre no dia 3 de Outubro, a partir das 14h30. Um evento que serve para perspectivar a actividade viveirista e de todas as empresas relacionadas com a prestação de serviços à floresta, na campanha do ano seguinte. A par deste encontro, com o lema “Um visitante na Lusoflora, uma árvore para a floresta”, a ANEFA está a preparar uma intervenção no projecto ProNatura, iniciativa que visa a oferta de plantas naturais para as áreas florestais atingidas pelos incêndios, em particular as áreas protegidas.Incluídos no calendário de actividades da feira estão ainda dois importantes seminários, subordinados aos temas “Jardinagem e Espaços Verdes”, a decorrer no dia da abertura, e “Floricultura e Floresta” a realizar na manhã 4 de Outubro, a par do III Encontro Nacional de Viveiristas Florestais e de um seminário técnico demonstrativo, a realizar na manhã de 5 de Outubro, durante o Workshop de Noivas. Nesse mesmo dia, a presidir ao desfecho de actividades da feira, está marcado para as 17h00, no Auditório Grande do CNEMA, o Desfile de Ramos de Noivas, o momento mais esperado deste certame.