De acordo com a Associação, os resultados do estudo foram transmitidos em Fevereiro à IGAE, a entidade pública que fiscaliza o comércio, mas em Junho a maioria dos modelos perigosos continuava à venda nas lojas.“A fiscalização (do IGAE) não funciona com eficácia por sua iniciativa, nem sequer a reboque de uma queixa dos consumidores”, acusa a DECO, num comunicado divulgado terça-feira.Segundo o estudo, os grelhadores foram “os pequenos electrodomésticos mais problemáticos”, uma vez que nenhum dos modelos analisados mereceu a aprovação da DECO, pois a temperatura da bancada ultrapassou os 200ºC, o que pode até “provocar um incêndio” se a base não for adequada.No caso de alguns secadores de cabelo ou sanduicheiras, “há mesmo o perigo de choques eléctricos”, uma vez que a temperatura pode aumentar ao ponto de derreter o aparelho porque os modelos não dispõem de fusível térmico ou este não estava operacional.Apesar da denúncia efectuada pela DECO à IGAE, os electrodomésticos em causa não foram ainda retirados do mercado, o que leva a associação a acusar a entidade pública de morosidade e ineficácia no processo de fiscalização.“Podem encontrar-se facilmente electrodomésticos perigosos em Portugal e ninguém (entidade responsável ou sistema de alerta) evita que estes continuem à venda”, conclui a DECO, que já enviou um relatório do estudo à Comissão Europeia.A Agência Lusa tentou obter uma reacção do Ministério da Economia, que tutela a IGAE, o que não foi possível em tempo útil.Lusa