No próximo domingo, o concelho de Benavente vai mobilizar-se no apoio a Vânia Duarte, uma das duas concorrentes nomeadas para sair do programa “Operação Triunfo” da RTP. A garantia foi dada por Eugénia Duarte, mãe da jovem de Benavente. O centro cultural de Benavente ou o auditório municipal deverão ser os locais escolhidos para receber, a partir das 21 horas, centenas de apoiantes. Eugénia Duarte disse a O MIRANTE que, ao longo destas três semanas, a Vânia tem feito muitos amigos. As pessoas gostam dela, por isso acredita que a sua filha não saia no próximo domingo. No entanto, se isso vier a acontecer, conta que uma das primeiras coisas que lhe vai dizer é para que ela continue a ser sempre a mesma pessoa. “Se é de música e teatro que gosta, então que não desista”, referiu. A mãe da Vânia não perde uma edição do programa televisivo. Apesar de estar incontactável com a filha há cerca de três semanas, como mandam as regras do jogo, é como se estivesse todos os dias junto dela. Eugénia Duarte diz-se uma pessoa também muito atenta ao que escrevem as revistas. “Há coisas boas e coisas menos boas”, refere. Reconhece que esta edição da “Operação Triunfo” tem jovens com melhores vozes do que a da sua filha, mas também outros com pior voz. “No geral, há um grande potencial em todos eles”. Apesar disto não ser propriamente um Big Brother, questionada sobre a possibilidade de a filha vir a apaixonar-se dentro da “escola” da Operação Triunfo, garante que isso “está fora de questão”. A sua participação na Operação Triunfo levou Vânia Carvalho Duarte a passar a ser conhecida no mundo inteiro através da RTP Internacional. O telefone da casa dos pais não pára de tocar. Familiares, amigos ou simples admiradores que a viram pela primeira vez na televisão, têm marcado o dia-a-dia do casal Duarte. Mas esta é já a segunda vez que Vânia se inscreve no programa. Na primeira vez ficou como suplente. Vânia começou a cantar fado quando tinha apenas 12 anos de idade. Nasceu para a canção, como referiu a cantora numa entrevista dada ao O MIRANTE há alguns meses. E, talvez por isso, resolveu lançar-se para este desafio que certamente irá recordar para toda a vida. Entrar para a “Operação Triunfo” não é tarefa fácil. São aos milhares os candidatos que sonham com a final. Passa-se por muitas eliminatórias. É preciso ter garra e amar a música e a canção como ninguém, referiu a cantora na altura. É um trabalho muito intenso. Provas de canto, dança, entrevista e acompanhamento psicológico foram os testes que Vânia teve de superar. Na altura, possivelmente ainda magoada por não ter conseguido entrar, referia que esta poderia ser a última vez que concorreria a um programa destes. Mas, a paixão pelo canto foi mais forte e desta vez não “morreu na praia” - expressão que utilizou para classificar a sua situação de suplente na primeira edição da “Operação Triunfo”. Ao manter a opinião manifestada há alguns meses, Vânia referia que não queria ser conhecida pela sua passagem pela “Operação Triunfo”, mas pelo valor que tem. “Quero ser reconhecida pelo meu trabalho”, referia.Como qualquer outra jovem da sua idade, o tempo livre é dedicado à família e aos amigos. Gosta de jogar andebol e de ler. Quanto ao futuro, gostava de poder conciliar a dança, o teatro e a música. As suas referências musicais são as fadistas Ana Moura, Marisa e Joana Amendoeira. Mário Gonçalves