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O velho telefone fixo continua a reinar

Anunciantes pouco receptivos aos novos meios de comunicação

Na era da globalização, a maior parte dos anunciantes continua a eleger o telefone fixo como meio privilegiado de contacto. Mas o correio electrónico e o telemóvel começam a ganhar terreno.

São anúncios de serviços, de consultórios e clínicas, de imobiliárias ou de simples particulares que querem vender ou alugar quartos, apartamentos ou partes de casa. Num total de 270 pequenos anúncios, publicados numa das edições de O MIRANTE, quase todos apresentam como primeiro contacto o telefone fixo. Curiosamente, só os anunciantes que prometem bons ordenados sem sair de casa ou de encontrar a felicidade de mão beijada divulgam apenas o endereço de correio electrónico ou da página de Internet. Quem quer estar sempre contactável inscreve no anúncio, por mais pequeno que seja, o número de telemóvel. Neste caso, aparecem as imobiliárias e os anúncios de compra e venda de bens. Também a Internet começa a ser utilizada como meio de propagandear os produtos e serviços que se querem vender.“O importante é fornecer o maior número de informação possível ao cliente. Através do nosso site descrevemos os andares ao pormenor. Se o cliente consultar o nosso site consegue ver o andar”, diz Eduardo Ferreira da Imobiliária Só no Campo. No entanto, o contacto directo “não pode ser substituído” afirma sem qualquer dúvida Luís Sá Nogueira proprietário da Imolava ainda em fase de instalação: “Vamos divulgar os nossos produtos em site próprio, teremos correio electrónico, telefone fixo e telemóvel, mas como estamos ainda em fase de instalação só indicámos o telemóvel”, continua.Nas clínicas, nos consultórios médicos a indicação de telemóvel é praticamente inexistente. Os advogados e solicitadores mostram-se mais abertos às novas tecnologias e num total de 52 anúncios surgem quatro advogados e um solicitador que divulgam o número de telemóvel. Neste sector, também o correio electrónico parece começar a ganhar vantagem, e a sua expressão volta a ser muito maior nas profissões liberais ligadas ao Direito, advogados e solicitadores, do que à Medicina. Na edição consultada apenas um médico indicava o e-mail e telemóvel nem um.Mas é na área da prestação de serviços, gestão e contabilidade, que o correio electrónico é mais divulgado. Num leque de 63 anúncios, seis divulgavam o endereço de correio electrónico, entre eles uma firma de mecânica e, num dos casos, aparecia mesmo um site na Internet. O E-mail como Suporte de Publicidade na InternetNuno Bernardo*O número de utilizadores da Internet aumenta substancialmente dia após dia, e consequentemente aumenta a possibilidade de fazer negócios ou de comunicar uma empresa, produto, serviço ou marca na Internet.O correio electrónico, vulgarmente designado por e-mail, é quanto a nós, o suporte de publicidade mais eficaz na Internet para acções promocionais pontuais. O e-mail é efectivamente uma poderosa ferramenta de marketing directo, visto que funciona de forma rápida, directa e com um impacto imediato, sendo difícil de ignorar por parte do receptor.Contudo existem várias formas de utilizar o correio electrónico enquanto suporte de publicidade.A primeira, e quanto a nós, a mais aconselhável é a do Marketing Electrónico Autorizado (OPT-IN) que consiste no registo facultativo dos utilizadores no site da empresa, em cuja inscrição aqueles autorizem a recepção de informações periódicas sobre produtos e/ou serviços. Aqui, pequenos “truques” podem ser usados para incentivar o registo, como por exemplo, a atribuição de descontos, a oferta de brindes, etc.A segunda opção possível é o OPT-IN Virtual, que é em tudo semelhante à opção anterior, apenas divergindo no tratamento dos dados, o qual é efectuado por uma empresa externa àquela que é responsável pela campanha em causa. O tratamento dos dados e a protecção das bases de dados encontra-se regulamentada no Decreto-Lei n.º 122/2000 de 4 de Julho, tendo os utilizadores registados o direito de alterar ou até mesmo remover os seus dados. A outra opção possível é a do Marketing Electrónico Não Autorizado (OPT-OUT), que consiste em recolher sem qualquer tipo de autorização, endereços de e-mails e enviar para estes a mensagem pretendida. Esta atitude pode levar os receptores a reagirem de uma forma menos desejada, como por exemplo: “inundarem” a caixa de correio electrónico do emissor até esta ficar cheia ou entrarem em contacto com o fornecedor de serviços de acesso à Internet (ISP) do emissor pedindo o cancelamento da conta do mesmo. Além disso, as empresas que optem por esta solução podem vir a ser acusadas de spamming (publicidade não autorizada), podendo o ISP bloquear-lhes o acesso e incorrerem em acções judiciais. Nenhuma destas atitudes é benéfica para a imagem de uma empresa e podem mesmo levar a uma perda de volume de negócios, uma vez que e-mails importantes podem ter sido apagados ou simplesmente não chegarem devido, por exemplo, ao cancelamento da conta de e-mail. Quanto a nós, o que torna o e-mail no meio mais eficaz de publicidade na Internet, é a possibilidade de rapidez de mudança das mensagens e dos produtos/serviços em resposta ao feedback e às necessidades em constante mudança do consumidor, cada vez mais global.* Consultor em Marketing / JNB – Business Consultingnuno.bernardo@jnb.com.pt

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