O balanço da campanha agrícola de 2003 foi considerado positivo. De acordo com Guilherme Marques, presidente do conselho de administração daquela organização, depois das intempéries de 2002 chegou a bonança. “Em 2003 reduziu-se a produção mas tudo o que foi plantado foi colhido. O que representa cerca de nove mil toneladas e perto de 750 mil euros de produção”, afirmou.Melão, pimento, batata, cenoura, tomate e chicória são as culturas predominantes entre os 16 agricultores associados dos Arneiros de Almeirim. A aposta inicial, quando há seis anos nasceu a organização pela mão de Guilherme Marques, foi a produção de tomate. Mas desde há um par de anos que a “agulha” se virou mais para o sector hortícola. Uma mudança operada pelos associados, que são provenientes de Almeirim, Fazendas de Almeirim, Alpiarça e Benfica do Ribatejo. Os agricultores dos Arneiros de Almeirim contam com uma engenheira agrónoma encarregue de todo o trabalho administrativo e burocrático e também com o acompanhamento técnico no terreno. Flávia Oliveira refere que o mais importante da organização é que cada produtor seja profissional, considerando que “não se pode fazer agricultura a meio tempo”. Os agricultores que integram os Arneiros de Almeirim tanto possuem terrenos de dois hectares como propriedades de 25 hectares, apresentando culturas diferentes mas com viabilidade no mercado. As indústrias agro-alimentares de Almeirim e de Castanheira do Ribatejo são os destino da maior parte da sua produção. A organização vive de apoios do Instituto Nacional de Garantia Agrícola e dos seus associados, “que mais não fazem do que ser bons agricultores”, explica Guilherme Marques.Para já estão abertas inscrições para a entrada de mais agricultores nos Arneiros de Almeirim, organização que tem como objectivo aumentar as produções para a próxima campanha.