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Breve história dos 16 anos de O MIRANTE

Breve história dos 16 anos de O MIRANTE

De mensário da Chamusca a maior jornal regional do país

O primeiro Bareme-Imprensa da Marketest dedicado aos resultados obtidos pela Imprensa Regional, veio confirmar o que outros indicadores e estudos já faziam adivinhar. O MIRANTE é o jornal regional mais lido no distrito de Santarém, a grande distância da concorrência. Uma posição que sai reforçada com a recente fusão do jornal com o título VALE DO TEJO. Nesta altura somos lidos por mais de 80 mil pessoas com mais de 15 anos de idade. A maior parte dos leitores habita nos vinte e um concelhos do distrito de Santarém e nos concelhos de Azambuja e Vila Franca de Xira, norte do distrito de Lisboa. O estudo de audiências da conceituada empresa corresponde ao período entre Setembro de 2002 e Junho de 2003 e foi divulgado a menos de um mês de completarmos 16 anos de edições regulares. Foi uma boa prenda de aniversário para quem faz semanalmente O MIRANTE e um incentivo a um redobrar de esforços para irmos mais longe. Para fazermos melhor.

A primeira edição de O MIRANTE saiu a 16 de Novembro de 1987, na Chamusca. Um mensário de 16 páginas, com uma tiragem de dois mil exemplares, fruto do sonho de Joaquim António Emídio, o arquitecto e obreiro de um projecto que rompeu com o que tinha sido até ali a imprensa regional.O estilo pessoal do director, que até hoje tem conduzido o projecto – desde Julho deste ano como Director Geral – estava bem vincado no editorial do primeiro número. “Quem nos conhece sabe que somos persistentes. Que não voltamos as costas ao que se tornou difícil para nos pavonearmos ou enchermos o peito com o demasiado fácil. Que não fazemos o elogio da mediocridade”. E a terminar: “A partir de agora vamos fazer e dizer como o poeta: “Caminhante não há caminho/faz-se caminho ao andar”.Dito e feito. Todo o caminho de O MIRANTE fez-se caminhando. Não havia referências. Não havia modelos. A imprensa regional era totalmente amadora. Feita por curiosos, como mero passatempo. Como ainda acontece hoje na maior parte dos casos.Quatro anos depois, em Abril de 1991, o mensário passa a quinzenário. Vinte e quatro páginas. Preço de capa 60$00. Assinatura anual 600$00. Subiria para 1.000$00 em Novembro. A composição deixara de ser feita, em Abril de 1989, pela empresa Sérgio Pedrosa para passar para a Digital Texto. Na mesma altura o jornal passa a ser impresso pela gráfica Almondina, abandonando a tipografia Madeira&Madeira. Nesse ano, em Novembro, a edição comemorativa do segundo aniversário de O MIRANTE aparece com cor na primeira e últimas páginas. O cabeçalho assume o verde que manteve até agora. A linha editorial reflecte cada vez mais a liberdade e a crítica, temperadas com o humor. Um ano antes, Novembro de 88, o percussor do que é hoje o “Cavaleiro Andante” é editado pela primeira vez. Chama-se “Estrada do Meio”. O “Cavaleiro Andante” entrará “a matar” a 9 de Agosto de 1994.Antes do Cavaleiro Andante surge uma outra secção que se mantém até hoje. “O Cartoon da Notícia”, em Agosto de 94, e O MIRANTE cor-de-rosa (Novembro do mesmo ano) que volta a ver a luz do dia na edição de hoje. A ironia, a mordacidade, a boa disposição são imagem de marca do jornal.Cedo se percebe que o crescimento do jornal passa pelo alargamento da sua área de intervenção. À informação sobre a Chamusca começa por juntar-se informação sobre concelhos vizinhos. Golegã, Entroncamento, Torres Novas, Alpiarça, Almeirim. Em 30 de Novembro de 1991 surgem na ficha técnica os nomes dos jornalistas Fernando Vacas de Jesus e Alberto Bastos. É o início da profissionalização do projecto. Um risco assumido que se revela fundamental para a sua consolidação. Joaquim António Emídio delega a responsabilidade da chefia da redacção no actual director, Alberto Bastos, a 10 de Novembro de 1992.Em 20 de Julho de 1993 O MIRANTE começa a ser impresso na Coraze, Oliveira de Azeméis. Procuram-se novas soluções a nível gráfico e em termos de custos. Pouco tempo depois passa também a ser composto na redacção, por um gráfico contratado para o efeito. É uma conquista importante. O jornal passa a controlar directamente a maquetagem e paginação. A flexibilidade aumenta e com ela a operacionalidade. As autárquicas de 1993 foram um grande teste para a redacção e para o sector gráfico. Entrevistámos os candidatos de todos os partidos nos concelhos de Alpiarça, Almeirim, Chamusca, Entroncamento, Golegã e Torres Novas. Fizemos reportagens em todas as freguesias da Chamusca. E a 13 de Dezembro sai para a rua uma edição especial com os resultados eleitorais e um vasto conjunto de reportagens feitas em todos aqueles concelhos.Em Março do ano seguinte, 1994, o jornal passa a ser impresso em Lisboa, na gráfica Mirandela, onde ainda continua. E o seu envio é feito através de uma linha telefónica REDIS. O MIRANTE esteve sempre na primeira linha da adesão às novas tecnologias. Em Janeiro de 1995 entra para os quadros da empresa o actual chefe de redacção, João Calhaz. Em Setembro do mesmo ano o jornal muda-se de armas e bagagens para Santarém. Beco do Feleijo, nº3, 1º. E passa, de imediato, a semanário.Sendo Portugal um país centralista O MIRANTE só poderia singrar se deixasse a Chamusca. Inicialmente pensou-se deslocar a redacção para Torres Novas ou Almeirim. Era uma forma de romper com o centralismo da capital de distrito, mas cedo se percebeu que tais soluções não eram viáveis. Os políticos falavam todos os dias de descentralização mas não mexiam uma palha para a levar à prática e o jornal não podia remar sozinho contra a maré. Santarém foi a grande prova de fogo. A porta para o caminho traçado até agora. A cidade recebeu-nos de braços abertos. Leitores, comerciantes, autarcas. A equipa de profissionais aumentou. Entraram novos jornalistas, deu-se corpo aos sectores comercial e administrativo. A empresa ganhou solidez e consistência. O jornal cresceu e ganhou espaço. Uma grande campanha de marketing foi levada a cabo. A cobertura da campanha eleitoral para as legislativas de 1995 é um marco em termos editoriais. Os jornalistas percorrem todo o distrito. O MIRANTE alarga a sua influência. Passa a ser um verdadeiro jornal regional. Novas secções vão-se impondo edição atrás de edição. “Agora falo eu”, que sai na página 5 vê a luz do dia a 9 de Agosto de 1994. “As Palavras da Lei” em Novembro do mesmo ano. E mais tarde surge “Profissionalmente Falando” e “E-mails do Outro Mundo”. Cria-se um suplemento de economia. O desporto passa a ser editado num destacável. A tiragem continua a subir. Assim como o número de páginas. 40, 48, 56, 64, 72, 80. Diversificam-se as iniciativas editoriais. Revistas temáticas, edição de livros. A empresa compra o Jornal do Vale do Tejo, em 27 de Abril de 2000, para fazer a cobertura dos concelhos de Salvaterra de Magos, Benavente e Coruche. Mais tarde a área de acção do jornal alarga-se aos concelhos de Azambuja e Vila Franca de Xira. Em Setembro deste ano o jornal funde-se com O MIRANTE, dando origem à edição Vale do Tejo que se junta às já existentes edições Médio Tejo e Lezíria do Tejo. A fusão dá outra visibilidade ao jornal e faz subir a tiragem aos 35 mil exemplares. O MIRANTE afirma-se como o maior jornal regional português. E ainda tem muito caminho para andar.A herança do ex-Secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de CarvalhoUma lei para liquidar O MIRANTEO sucesso de O MIRANTE suscitou e vai continuar a suscitar naturais invejas. Essa situação sempre foi aceite com naturalidade até ao momento em que o Secretário de Estado da Comunicação Social do governo liderado pelo Primeiro-Ministro António Guterres lhe deu acolhimento e apoio, tendo criado um diploma legal na tentativa de travar a expansão do jornal.A Portaria nº 225/2001, de 19 de Março, que fixou um preço mínimo de assinatura para os jornais que quisessem beneficiar dos apoios do Estado à Imprensa Regional foi feita, única e exclusivamente para O MIRANTE. O jornal cobrava 1.000$00 de assinatura anual e, para não perder o porte pago e a possibilidade de concorrer a outros incentivos, foi obrigado a aumentar a mesma para 2.500$00, penalizando os leitores. A intervenção do Secretário de Estado, feita a pedido de alguns jornais que viam na liquidação de O MIRANTE a única forma de sobreviverem foi escandalosa porque mexeu na lei da livre concorrência, uma coisa nunca vista. Até àquela altura o Estado só tinha intervindo para fixar preços máximos, nunca mínimos.Arons de Carvalho já saiu do governo, O MIRANTE conseguiu, com a compreensão dos leitores, continuar a crescer, mas a descabida portaria continua em vigor, impedindo-nos de fixar livremente o preço do jornal. Uma situação imoral e injusta que penaliza, em primeiro lugar, repetimos, os leitores. Num país em que os índices de leitura são baixos é incompreensível que o Estado impossibilite O MIRANTE de baixar o preço da assinatura, o que é perfeitamente possível num projecto como o nosso cuja produção é paga na sua quase totalidade pelas receitas publicitárias.
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