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CNEMA aumenta capital

CNEMA aumenta capital

Câmara de Santarém garante compra de acções no valor de 300 mil euros

O Centro Nacional de Exposições vai aumentar o capital social de 300 mil euros para 3,3 milhões de euros. Uma operação que permitirá um encaixe financeiro importante para fazer face às dificuldades acumuladas. A Câmara de Santarém já decidiu comprar acções no valor de 300 mil euros.

A Câmara Municipal de Santarém pretende acompanhar o aumento de capital social do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícola (CNEMA) – que vai passar de 300 mil euros para 3 milhões e 300 mil euros - e manter, ou até reforçar, o seu peso na estrutura accionista, onde detém actualmente dez por cento das acções.Para já, na reunião do executivo de segunda-feira, foi aprovado por unanimidade que o município continue com uma quota de dez por cento, o que vai implicar a subscrição de novas acções no valor de 300 mil euros. Mas as coisas podem não ficar por aí, já que na deliberação ficou vincada a hipótese de esse peso poder ascender até aos 20 por cento do capital social do CNEMA.Um cenário que acolhe um raro consenso entre todas as forças políticas e que tem por pano de fundo a possibilidade de o Ministério da Agricultura não querer acompanhar este aumento de capital. E nesse caso a autarquia poderá ficar com parte ou com a totalidade das novas acções destinadas a esse organismo estatal.O Ministério da Agricultura detém 10 por cento das acções e, segundo informou o presidente da câmara e membro do conselho de administração do CNEMA, Rui Barreiro, de entre os accionistas de referência é o único que ainda não manifestou o propósito de acompanhar o aumento de capital da sociedade onde a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) é a maior accionista, com 25% das acções.A subscrição de novas acções pode alterar o peso relativo de cada accionista na estrutura. Basta para isso que alguns dos actuais sócios não se mostrem interessados em adqiuirir novas quotas. Nesse caso, os restantes associados podem avançar para a compra dessas acções e, em situação limite, a CAP poderia ficar com mais de cinquenta por cento do capital.As contas foram feitas pelo vereador da CDU José Marcelino, que alertou para essa possibilidade caso os pequenos accionistas, que detêm 30 por cento, decidissem não subscrever novas acções.Antes da votação, que não contou com as presenças de Rui Barreiro e do vice-presidente Manuel Afonso que integram os orgãos sociais do CNEMA -, o presidente da câmara sublinhou que o assunto terá ainda que passar pela assembleia municipal. E recordou aos vereadores da oposição que a decisão tomada implica a colocação em orçamento da verba respectiva. “Não se fazem aumentos de capital social sem dinheiro”, disse Rui Barreiro, provavelmente já a antecipar a resposta a possíveis interpelações ou críticas que venham a surgir na assembleia.
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