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Fábrica de queijos atrasada

Lactogal só deve começar a construir indústria em Santarém em 2005

A Câmara de Santarém prometeu terrenos para a Lactogal instalar uma fábrica na cidade sem os ter em sua posse. Foi ainda no anterior mandato e as negociações com os proprietários têm sido difíceis. Ainda falta uma parcela para a construção avançar.

A construção da fábrica de queijos da Lactogal em Santarém só deve começar em 2005, ano que inicialmente foi declarado para o de arranque da laboração da nova unidade fabril. O atraso deve-se às dificuldades que a Câmara de Santarém tem encontrado para adquirir os terrenos que se comprometeu aceder, ainda no anterior mandato, a preços simbólicos de um cêntimo o metro quadrado aquele grupo empresarial.Essas dificuldades foram aliás vincadas na segunda-feira tanto pelo presidente do conselho de administração da Lactogal, Casimiro de Almeida, como pelo presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro, durante a asinatura da escritura de cedência, pela autarquia, da segunda parcela destinada ao empreendimento. Um terreno com 5,6 hectares que custou à autarquia 816 mil euros e que foi cedido por 568 euros ao promotor.Anteriormente, a autarquia já havia garantido a compra de um terreno de 35,4 mil metros quadrados, que lhe custou cerca de 353 mil euros, faltando agora a aquisição de 43,8 mil metros quadrados aos proprietários da Quinta da Mafarra para que esteja disponível a área considerada necessária pelo promotor do empreendimento. As negociações prosseguem e o presidente da câmara admitiu que caso não chegue a bom termo terá de avançar para a expropriação.O administrador do Lactogal gostava que esse problema pudesse estar resolvido até final do corrente ano, para que em 2004 pudesse avançar com o projecto e abertura do concurso de molde a que em 2005 homens e máquinas começassem a trabalhar no terreno. Casimiro de Almeida recusa-se a dar esses passos sem ter os terrenos prometidos pela câmara todos garantidos.A nova unidade fabril vai criar 200 postos de trabalho directos e prevê produzir cerca de 12 mil toneladas de queijo por ano. A sua abertura tem implicações no “universo de fábricas da Lactogal”, referiu Casimiro de Almeida, que admitiu o encerramento das fábricas de Avis e de Sanfins, Sever do Vouga, consideradas “já ultrapassadas dada a sua dimensão”.O mesmo responsável assegurou que vai haver negociações entre a empresa e os trabalhadores e que nunca optarão pelo despedimento colectivo. O encerramento dessas fábricas foi explicado pela competitividade do mercado, onde é necessário produzir em economia de escala. A unidade de Santarém, onde a Lactogal prevê investir mais de cinquenta milhões de euros, vai ser a responsável pela produção de queijos da empresa a nível nacional, a par de uma pequena unidade existente nos Açores. O empreendimento vai situar-se numa área próxima da fábrica de cervejas Cintra, na periferia da cidade e trata-se, segundo Casimiro de Almeida, de “um esforço que a Lactogal está a fazer no sector primário nacional para que os nossos consumidores não estejam dependentes de produtos importados e a empresa possa ter uma gama alargada de produtos no mercado”.

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