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António Rodrigues o “eterno” presidente

António Rodrigues o “eterno” presidente

A super-maioria socialista de Vale das Mós, Abrantes
“Sempre gostei muito desta terra e o que faço é por amor a ela”, afirma António Silvério Rodrigues, 47 anos, natural de Vale das Mós, é até agora o único presidente desta freguesia do concelho de Abrantes, criada em 1985, por desanexação das autarquias de S. Facundo e da Bemposta. Uma freguesia cor-de-rosa de cima a baixo porque nas últimas autárquicas não houve um único elemento de outro partido que não fosse o PS a ser eleito. Junta e assembleia têm uma única cor.António Rodrigues nasceu e cresceu em Vale de Mós. Nunca viveu noutra terra nem pensa fazê-lo. “Gosto muito disto e não se engane, a terra chama-se Vale das Mós, não de Mós, como às vezes aparece escrito”, frisa com ênfase, não vá haver algum engano.O cargo que desempenha desde 1986, quando depois das autárquicas foi eleito presidente da nova autárquica, foi a sua primeira experiência política. “Nunca tinha estado ligado à política. Era um desportista e fui um dos fundadores do Grupo Desportivo de Vale das Mós, tinha eu 16 anos”. O seu orgulho por esta iniciativa é evidente, António Rodrigues gaba-se da equipa ter obtido uma óptima classificação: “Para mim é uma honra, termos ficado em terceiro lugar num campeonato do INATEL. Ganhámos às melhores equipas”.Casado e pai de duas filhas - a mais velha das quais já licenciada e a querer fixar residência em Vale das Mós - António Rodrigues trabalhou durante muitos anos numa das grandes empresas da zona: “Era chefe de secção, mas tive de reformar-me por causa de um problema de saúde. Agora dedico todo o meu tempo à junta, mas sempre fui assim. Quando me envolvo em alguma coisa empenho-me a sério”.Foi também com empenho que o actual presidente encabeçou o grupo que defendeu a independência de Vale das Mós: “Tinha de ser assim, pertencíamos à freguesia de S. Facundo, mas a maior parte da área estava na freguesia da Bemposta, a maior do concelho”.O presidente continua a residir em Vale das Mós, já bem perto da Bemposta, mas como acontece nas terras pequenas é chamado para tudo e ele próprio quer estar por dentro dos assuntos: “É difícil ser presidente da junta, por mais que se faça nunca está tudo feito. Ainda agora me pediam um banco de jardim e querem o estacionamento regulado na rua principal, mas isso depende da câmara como estou cansado de dizer”, desabafa sem antes acrescentar “Mas eu gosto”. Depois de terminado todo o processo burocrático, António Rodrigues candidatou-se como independente, com o apoio do PS à presidência e ganhou, já lá vão 18 anos: “Concorri sempre como independente só, recentemente, me filiei no PS porque penso que o partido precisa de pessoas como eu”. Mas para além de António Rodrigues, ser um “dinossauro” na presidência, toda a junta foi sucessivamente reeleita desde 1985: “Já não podemos contar com o secretário porque, infelizmente, morreu, mas o tesoureiro ainda é o mesmo”. Também na assembleia de freguesia as mudanças têm sido poucas e, nas anteriores autárquicas, um único partido foi eleito para todos os cargos. “Junta e assembleia somos todos do PS, o que até é mau. Se houvesse outro partido era melhor porque apontava mais rapidamente o que está mal. Assim somos só nós, o que não quer dizer que não vejamos as coisas e não tentemos resolvê-las”.Presentemente os destinos desta freguesia estão a cargo de António Rodrigues, António Bernardino Florêncio (secretário) e José de Matos Fernandes (tesoureiro). Da assembleia fazem parte Luís Felício Francisco (presidente), José Ricardo Peixe, Francisco Fernandes Correia, Joaquim Nobre Narciso, José Manuel Neto Rodrigues e Ricardo Guerreiro.
António Rodrigues o “eterno” presidente

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