uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Pormenorizar o futuro

Pormenorizar o futuro

Paulo Caldas apresenta estratégia de desenvolvimento para o Cartaxo

O presidente da Câmara do Cartaxo defende a criação de planos de pormenor para algumas zonas do município, de forma a dar alguma ordem ao crescimento e organização do território do concelho.

O presidente da Câmara do Cartaxo considera que os planos directores municipais (PDM), por si só, não são suficientes para garantir um crescimento harmónico da cidade. É por isso que considera que a elaboração de planos de pormenor que estabeleçam todo o desenho urbano, desde a criação de novas vias até ao tipo de cores e materiais a utilizar nas construções, passando pelo número de pisos, cérceas e tipo de arquitectura, é fundamental para o equilíbrio urbanístico.Paulo Caldas identifica duas zonas distintas: as zonas dentro do aglomerado urbano, onde os planos de pormenor deverão criar mais um pedaço de cidade, estabelecendo o número de vias que se julgue necessário e analisando possíveis zonas de expansão; e as zonas consolidadas, em que existe o problema da homogeneidade urbanística, com vários avanços e recuos em relação às estradas, com prédios de várias alturas.O presidente da Câmara do Cartaxo defende a elaboração faseada dos planos de pormenor e já definiu cinco zonas perfeitamente delimitadas. A primeira das quais é a chamada zona velha da cidade, que compreende os largos de S. João Baptista, do Pelourinho e do Sargento Mor, as ruas de S. Sebastião, Mouzinho de Albuquerque, Velha e a Travessa do Comendador. A definição de cores e materiais a utilizar nas fachadas, a demarcação de edifícios de interesse e o tratamento de espaços públicos como os passeios, o mobiliário urbano e a iluminação, são algumas das bases deste plano.A segunda zona a merecer atenção é a do chamado centro da cidade, do largo Vasco da Gama à Praça 15 de Dezembro, passando pelas ruas adjacentes, próximas dos actuais paços do concelho. Para aqui, propõe-se a definição de zonas pedonais e a reformulação do trânsito automóvel, privilegiando a mancha verde existente.A terceira zona de intervenção é a zona norte, que engloba as ruas Batalhoz, José Ribeiro da Costa e Algar. Propõe-se a revisão dos planos de alinhamento existentes, identificando edificações a preservar e incluindo um estudo global de alçados, tratamento do espaço público, incluindo a criação ou requalificação de áreas verdes. Esta proposta é válida também para a zona sul, que abrange a rua 5 de Outubro e a área envolvente.A outra zona identificada é a das avenidas João de Deus e Mestre Cid, do Largo do Valverde e da rua Dr. Júlio Montez. É uma das zonas que mais sofreu com a pressão imobiliária, com grandes assimetrias e desfasamento do construído, que se pretende agora harmonizar dentro do possível. A densificação da arborização é uma das medidas propostas.No mesmo documento, intitulado “Planear o futuro – Plano de desenvolvimento do município do Cartaxo”, Paulo Caldas identifica e sumaria os pontos fortes e fracos do concelho, ao mesmo tempo que enumera as oportunidades de desenvolvimento. O autarca assume que a concretização destes planos é um trabalho para as “próximas décadas” e defende a sua ampla discussão pública.Entre os pontos fortes identificados destacam-se, entre outros, a proximidade com a Área Metropolitana de Lisboa, a consolidação do eixo urbano entre Santarém e Cartaxo, extensível a Almeirim, Alpiarça e Rio Maior, o acesso fácil ao transporte ferroviário e a taxa de cobertura elevada para a maioria dos serviços prestados à população.Já no que diz respeito aos pontos fracos, Paulo Caldas refere a excessiva dispersão do povoamento em algumas áreas do concelho, o envelhecimento demográfico, a ausência de uma forte cultura empresarial, que inclui falta de iniciativa e carência de recursos humanos qualificados.Para o autarca, as principais oportunidades de desenvolvimento do concelho passam, além dos pontos fortes acima identificados, pela localização estratégica privilegiada, facilidade acesso à auto-estrada, instalação de duas áreas de localização empresarial, boas condições de habitabilidade e instalação de quadros e a construção do aeroporto internacional da Ota.Até 2005, Paulo Caldas apresenta como projectos âncora a revitalização do CineTeatro, a construção da nova biblioteca e da escola de negócios do Vale do Tejo, a beneficiação da frente ribeirinha de Valada, a construção do nó de acesso à A1 e de um pavilhão desportivo, entre outros projectos.
Pormenorizar o futuro

Mais Notícias

    A carregar...