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Só o PS acredita

Em Torres Novas, CDU e PSD votam contra o orçamento para 2004
A aposta na continuação do investimento na cidade em “detrimento” das freguesias rurais foi severamente criticada pela oposição, à esquerda e à direita, durante a discussão do orçamento e plano plurianual de investimento (PPI) do município torrejano. PSD e CDU também discordam do que consideram o “ermpolamento” da receita. No entender destes vereadores não há qualquer tentativa de contenção embora os tempos sejam de crise.No extremo oposto situa-se o PS, que validando a sua proposta de orçamento diz que irá “manter uma política de contenção de despesa de modo a que o município torrejano mantenha o superavit igual ou superior a 2002”.O orçamento torrejano para 2004 aproxima-se dos 50 milhões de contos, mais exactamente 49.787.436, 56 euros, sendo cerca de 30, 5 milhões para investimento e o restante para despesas correntes. Para a CDU, a proposta do PS, que foi aprovada por maioria na reunião camarária de 12 de Dezembro, “está marcada fundamentalmente pela aposta na cidade em detrimento de uma visão séria de promoção do desenvolvimento nas chamadas freguesias rurais”. Por outro lado, na opinião do vereador Carlos Tomé, verifica-se “uma gritante ausência de uma estratégia global para todo o território concelhio”, mantendo-se “essencialmente as mesmas apostas de anos anteriores”.Posição idêntica têm os vereadores social-democratas, Octávio Oliveira e João Quaresma Oliveira, quando afirmam: “Não nos revemos nesta política de concentrar excessivamente os investimentos na cidade criando uma separação entre a sede do concelho e todo o território”. Ao argumento, várias vezes proclamado pelo PS, de que os apoios comunitários têm de ser gastos na cidade, a bancada laranja responde: “Os apoios são para a cidade porque alguém teve vontade política de o fazer e de concentrar as candidaturas a apoios comunitários na competitividade das cidades médias”.Tanto na memória descritiva do orçamento e do PPI como na declaração de voto os socialistas são claros na “manutenção da dinâmica do Programa Turris XXI”. No entanto, o PS refere a aposta na melhoria das “acessibilidades municipais a nível das freguesias”, com uma verba prevista de um milhão de euros e na remodelação na política cultural e desportiva do concelho”.Pelas contas do PS, até Dezembro de 2003, o PPI foi executado em 70 por cento, o plano de actividades em 87%, o balancete de despesa em 75% e o da receita em 50%.Estes números justificam a acusação de que a receita está empolada para dar cobertura a despesas. E a CDU exemplifica: nos impostos indirectos apenas foram recebido 57,8% do previsto e na rubrica “venda de bens de investimento” estavam previsto 9,7 milhões de euros e entraram apenas 257 mil euros. O PSD critica também os gastos desnecessários, considerando que no investimento se confunde “o essencial com o acessório” e “quando são necessários recursos próprios para juntar aos recursos comunitários, como já não há, a solução tem sido o recurso ao capital alheio, resultando um endividamento crescente, a níveis preocupantes e condicionadores do futuro”. Os valores previstos para a publicidade, cerca de 124 mil euros, e as despesas de representação, 68 mil euros, são exemplos de “pouca contenção” focados pelo PSD.

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