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Redes pescadas no Tejo

Redes pescadas no Tejo

Pesca ilegal de enguia bebé já chegou a Valada

Três dezenas de redes de pesca ilegal de angula (enguia-bebé) foram apreendidas durante uma operação de fiscalização que se desenrolou na ma-nhã de terça-feira, em Valada, concelho do Cartaxo.

As redes tipo mosquiteira, com 40 metros de comprimento e cinco de altura, estão instaladas de Outubro a Março. Cada uma pode apanhar cerca de meio quilo de meixão por dia. O negócio ilegal da venda das angulas rende 300 euros por quilo. No ano passado foram apreendidas no estuário do Tejo cerca de 200 redes. “Trata-se de uma pesca ilegal que destrói não só as enguias, como todas as outras espécies que existem no Tejo, como os robalos, linguados e corvinas. São espécies juvenis que acabam por não crescer e não poder alimentar na costa”, alertou o presidente do Instituto de Conservação da Natureza, João Silva Costa.No ano passado a fiscalização concentrou-se na zona do estuário do Tejo, mas este ano verificou-se que os infractores actuaram mais para montante, onde existiam várias redes instaladas.As redes apreendidas custam entre 500 a 750 euros, o que representa um prejuízo grande para esta prática, que mesmo assim não dissuade os infractores. O negócio ilegal da pesca das angulas rende entre 10 a 15 milhões de euros por ano.A apanha da angula só é permitida com camaroeiros, prática legal utilizada em outros países como a Espanha. No ano passado foram inventariadas cerca de 700 redes instaladas em Portugal.A operação, que coincidiu com a visita do ministro das Cidades a Valada para verificar o estado dos diques, foi coordenada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e contou com o apoio logístico do Instituto de Conservação da Natureza, Fuzileiros e Polícia Marítima. No total participaram na operação cerca de 60 homens com 11 embarcações e 10 viaturas.
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