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Hospital de Vialonga vai continuar fechado

Hospital de Vialonga vai continuar fechado

Fundação Cebi terá de concorrer à concessão da unidade de cuidados continuados

A criação de uma Unidade de Cuidados Continuados no Hospital de Vialonga vai passar por um concurso público. A presidente da ARS confirmou o interesse da Fundação Cebi, mas afirmou que a unidade só abrirá quando o edifício estiver todo recuperado e equipado.

A reabertura do antigo Hospital de Vialonga como Unidade de Cuidados Continuados (UCC), parcialmente recuperado e equipado há dois anos, está atrasada. Segundo a presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS), a concessão só se vai concretizar quando o edifício for todo recuperado. Em declarações a O MIRANTE, Ana Borja Santos explicou que ainda não existe nenhuma proposta concreta da Fundação Cebi para a concessão da unidade. “Houve apenas uma manifestação de interesse verbal”, disse. A nova unidade não deverá entrar em funcionamento antes de 2006.A líder da ARS confirmou que a fundação que gere o centro comunitário de Alverca manifestou interesse, mas o processo estava dependente da nova legislação sobre cuidados primários de saúde que entrou em vigor recentemente. “Vamos ter de lançar um concurso público para entregar a concessão da unidade numa parceria público-privada”, disse. Com a obrigatoriedade da abertura de um concurso público ninguém garante que seja a Cebi a ficar com a concessão da unidade e o trabalho desenvolvido pela instituição pode ir por água abaixo. A líder da ARS afirmou que a parceria com a Cebi envolve o grupo Somague que deverá assumir o investimento necessário para as obras e equipamento da unidade. Segundo Ana Borja Santos, o consórcio tem condições para vencer o concurso mesmo que apareçam outras candidaturas. “A Cebi é uma instituição com trabalho feito e com todas as condições para assumir a nova unidade”, referiu.A unidade terá uma capacidade inicial de 22 camas que poderá ser alargada para o dobro com a recuperação da outra ala do hospital. A UCC destina-se a acolher doentes em recuperação que já não necessitem de estar nos hospitais centrais. Esta é uma forma de dar maior mobilidade às camas do Hospital de Vila Franca de Xira e minorar as dificuldades de internamento. O Ministro da Saúde anunciou no dia 15 em Vila Franca de Xira a aposta nas Unidades de Cuidados Continuados envolvendo as Misericórdias e outras instituições de solidariedade social.O Hospital da Flamenga, um antigo palácio senhorial, já foi sanatório e funcionou como unidade de retaguarda do Hospital de Reynaldo dos Santos de Vila Franca de Xira até 1998. Depois de recuperado, há cera de três anos, foi parcialmente equipado. A responsável da ARS explicou que a unidade não está em condições de funcionar “O hospital foi remodelado numa determinada lógica, mas não está pronto para receber os serviços”, explicou.Uma parte do edifício está ainda por recuperar e a ala remodelada já foi alvo de vandalismo e necessita de recuperação. Há vidros partidos, graffitis nas paredes e até as ervas já romperam entra as pedras do passeio num claro sinal de abandono. Os jardins na traseira do hospital estão transformados num matagal que não assegura boa vizinhança. Os estragos não são mais avultados porque a ARS instalou um sistema de segurança e tem um contrato com uma empresa que vigia as instalações e assegura a guarda de equipamentos avaliados em largas centenas de milhar de euros.A presidente da ARS reconheceu que é um custo significativo, mas afirmou que é a única forma de assegurar o património. “Temos de assumir os erros do passado”, concluiu. O MIRANTE tentou obter uma reacção do administrador da Cebi responsável pelo acompanhamento do processo, mas Honório Vieira não esteve disponível até ao fecho desta edição.Nélson Silva Lopes
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