Com o fim de chamar a atenção de quem de direito, dirijo-me ao jornal O MIRANTE expondo a situação em que me encontrei esta noite, de 22 para 23 do corrente mês de Janeiro. Saindo de Santarém pelas 23h00 em direcção ao Couço, deparei com um forte nevoeiro, agravando-se a partir de Coruche ao lado do rio Sorraia. A irregularidade dos traços central e laterais brancos – que ajudam bastante a condução – é tal que de repente não há vestígios de qualquer traço. Então fica-se a transitar no invisível, não se sabe em que ponto da estrada se está circulando e se estamos a ir já para a valeta.Peço desculpa pelo à parte mas por vezes tenho sonhos aflitivos em que conduzo às escuras, que nada vejo à minha frente, e esta noite foi como se estivesse a sonhar. Fica o descargo de consciência ao critério de quem de direito.Francisco Custódio Pirralho - Couço