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Ambulância do INEM a caminho

Ambulância do INEM a caminho

Bombeiros do Entroncamento com boas notícias
Os bombeiros do Entroncamento irão dispor de um posto de reserva do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e até final do ano receberão uma ambulância desse organismo. O anúncio foi feito pelo presidente do instituto, Luís Cunha Ribeiro, durante a visita do governador civil de Santarém àquele concelho.O Entroncamento é uma das três cidades do distrito – as restantes são Almeirim e Fátima - que não dispõe de ambulâncias do INEM e os seus bombeiros são também das raras corporações que não tinham qualquer acordo com o INEM, segundo o coordenador distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Joaquim Chambel.Para o presidente do INEM, Luís Cunha Ribeiro igualmente presente na visita do governador civil ao Entroncamento, o país “está no limbo” de ter um serviço de emergência. “E neste caso há, ou não há, não pode haver um sistema a funcionar assim-assim, porque se é preciso socorrer alguém ou se socorre ou não”.Para que o sistema funcione é necessário criar normas e critérios para a distribuição de ambulâncias. “Não vamos colocar ambulâncias INEM num concelho só porque nos pedem. É necessário que esses concelhos obedeçam a critérios e normas pré-definidos”.Entre os critérios indicados pelo responsável do INEM salientam-se a população existente, a prevalência de determinadas patologias, a idade da população, o afastamento de unidades de saúde, a proximidade de nós rodoviários. O Entroncamento corresponde a muitos destes critérios e portanto poderá vir a dispor a breve prazo de uma ambulância INEM, apetrechada com equipamento que permite o socorro imediato do doente, como um desfibrilhador automático externo.Entretanto, a nova ambulância dos bombeiros do Entroncamento, doada por um grupo de comerciantes da cidade, aquando do 55.º aniversário da corporação, assinalado em 10 de Janeiro último, vai funcionar como um posto de reserva INEM. Entre a corporação e o INEM vai ser assinado um protocolo em que o instituto paga aos bombeiros as saídas do veículo para socorro, continuando a ambulância a pertencer aos bombeiros.Este tipo de acordos entre o INEM e os bombeiros existe em quase todas as corporações do distrito, segundo Joaquim Chambel. “Penso que só em oito corporações, incluindo o Entroncamento, não estão formalizados. Mas há corporações que não quiseram formalizar o protocolo porque acharam que a verba que lhes era atribuída pelo INEM não era suficiente”, esclarece o coordenador.Outra chamada de atenção de Luís Cunha Ribeiro foi para a formação do pessoal que tripula as ambulâncias. “Não basta ter os meio é necessário ter pessoal que saiba utilizar o equipamento e tenha formação para socorrer o doente. Se não souber o que se está a fazer é melhor não fazer nada”, afirmou Luís Cunha Ribeiro.Joaquim Chambel diz que não há motivo de preocupação. Qualquer candidato a bombeiro recebe um curso de primeiros socorros e os que tripulam as ambulâncias uma formação de Tripulante de Ambulâncias de Socorro. “As ambulâncias do INEM são iguais às dos bombeiros, são as chamadas ambulâncias de socorro, portanto a formação é igual quer para tripulantes de veículos do INEM quer dos bombeiros”.Vítor Bertelo, comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, recebeu o anúncio com agrado. “Estava à espera desta situação, mas não com tanta rapidez”, disse. A data para a formalização do protocolo ainda não está definida: “Enviamos uma carta para o INEM onde testemunhamos a nossa disponibilidade para o assunto e estamos a aguardar resposta”, continuou o comandante.Actualmente, na corporação do Entroncamento existem três bombeiros com formação para tripulantes de ambulância de socorro (TAS) e Vítor Bertelo pretende que pelo menos mais seis bombeiros adquiram esta formação: “Até ao fim do ano dá tempo de formar mais bombeiros. Foi muito bom para nós esta novidade”, concluiu.Segundo Luís Cunha Ribeiro, Portugal tem mais ambulâncias por habitante do que qualquer outro país da União Europeia. O problema não será então a falta de meios, mas a má gestão dos recursos existentes, a que o presidente do INEM quer pôr cobro.Margarida Trincão
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