A freguesia de Samora Correia tem desde a passada semana um novo comandante. Trata-se do Segundo Sargento Ramos Pereira, que depois de ter estado em Évora e Olhão, acabou por voltar a uma freguesia que conhece muito bem. O Sargento Ramos Pereira esteve como segundo comandante do posto durante cinco anos, isto antes ter ido comandar o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Coruche. É um homem que conhece bem o terreno e tem “perfeitamente bem identificados todos os locais mais problemáticos da freguesia”. Apesar desta ser uma realidade completamente diferente daquela que se fazia sentir há cinco anos atrás, altura em que havia menos crimes e que o efectivo da GNR era maior. Mesmo assim, garante que ele e os 17 homens que tem sobre o seu comando vão fazer tudo para combater a onda de criminalidade que tem marcado a freguesia nos últimos três anos. “A população pode ficar descansada, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para assegurar o bem estar de todos”, garantiu. No entanto, o Sargento Ramos Pereira reconhece que “o tipo de crimes que se têm registado em Samora Correia são também diferentes”. A proximidade com Lisboa e as várias vias de acesso a Samora são convidativas para os assaltos. Há muito que estas são as duas principais razões que justificam o elevado índice de criminalidade. “Numa localidade como Samora Correia, onde existem estradas de acesso por tudo quanto é sítio, é difícil controlar toda a área. Ao bloquear-se uma entrada, há sempre hipótese dos assaltantes fugirem por outros locais”, referiu.A GNR vai apostar num policiamento de proximidade. O objectivo é intensificar os locais onde a autoridade é mais necessária. Como a realidade de Samora Correia mudou bastante nos últimos anos, o Segundo Sargento disse que está a ultimar “um plano onde constam os locais mais críticos”. E é precisamente nessas zonas que pretende apostar com mais intensidade.A sua primeira medida foi reunir com os seus homens. Apesar de conhecer a maior parte do seu efectivo, há caras novas na GNR de Samora Correia. O militar afirmou que tem “uma boa equipa disposta a trabalhar em prol da segurança de todos”. O mesmo elogio foi endereçado aos comandantes do Destacamento de Coruche e do Grupo Territorial de Santarém, que já lhe deram todo o apoio para o trabalho que se propõe desenvolver. Apesar de ter tentado, por várias vezes, fugir à nossa pergunta sobre as condições de trabalho, o Sargento Ramos Pereira admitiu que elas são escassas. Há apenas duas viaturas e um motociclo. No entanto, acrescentou que não “será pela falta de material que vamos deixar de trabalhar”. Recordar que a GNR de Samora Correia já teve o dobro de viaturas e de meios humanos. Tal como já aqui demos conta numa anterior edição de O MIRANTE, a GNR já chegou a ter 34 efectivos e quatro viaturas para patrulharem os mais de 322Km2 da freguesia.Aproveitando esta sua primeira aparência pública como comandante da GNR de Samora Correia, o sargento Pereira pediu à população para que continue a colaborar com a GNR. “É preciso que as pessoas não tenham medo de denunciar as situações”. Sempre que souberem de alguma coisa que seja do interesse das autoridades, as pessoas devem contactar o posto e expor a situação. “Não precisam de se identificar”, sublinhou. Basta que nos ajudem a combater a criminalidade. “O apoio de todos é fundamental”, concluiu. No início de Fevereiro, o Destacamento da GNR de Coruche vai receber mais dois novos sargentos. Um irá comandar o posto da GNR de Benavente e o outro o posto de Coruche.Mário Gonçalves