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A fábrica do azeite Gallo

A fábrica do azeite Gallo

Nersant promove visitas a empresa Victor Guedes, em Abrantes
A convite da Nersant, a “Victor Guedes, S.A.”, empresa detentora da marca “Azeite Gallo” instalada em Abrantes, abriu portas a quarenta empresas da região, proporcionando uma visita guiada às suas instalações fabris. A iniciativa, que decorreu no dia 17 de Fevereiro, inscreve-se num objectivo definido pela Nersant para o ano de 2004, de organizar todos os meses uma visita a uma empresa associada da região, permitindo que outras estruturas empresariais conheçam os seus modos de trabalhar e forma de organização empresarial.O Eng. António Alves Vieira, director fabril da empresa, deu as “boas-vindas” aos visitantes, fazendo uma breve apresentação da “Victor Guedes, S.A.” (ver caixa com historial da empresa), esclarecendo ainda todos os presentes quanto às grandes preocupações desta estrutura empresarial. “A nossa actividade centra-se numa “agenda para a qualidade”, que coloca como preocupações centrais: a questão da consistência organoléptica do produto; a segurança alimentar; a monitorização de contaminantes; a segurança efectiva dentro da estrutura fabril e ainda a questão ambiental, uma vez que temos um volume considerável de resíduos sólidos”, disse.Preocupações que se mostraram bem visíveis ao longo de toda a visita e, desde logo, na partida. Todos os participantes retiraram objectos de adorno (relógios, anéis e brincos) e vestiram uma indumentária específica, de forma a garantir que todas as condições de higiene estariam asseguradas.O percurso procurou acompanhar fielmente todos as etapas por que passa o produto até estar pronto para distribuição. O processo tem início nos locais de recepção da matéria prima, o ponto a partir do qual se parte para a fase de selecção do azeite. Nesta fase, há um acompanhamento constante do laboratório, onde são analisadas várias componentes do azeite, fundamentais para um loteamento consistente e para garantir a qualidade do produto.Estando decididos os lotes e as respectivas fórmulas, a prova e aprovação são peças chaves do processo. É nas salas de provas que os lotes de azeite vão sendo classificados de acordo com atributos e defeitos encontrados pelos seus provadores (um grupo de voluntários em constante treino e avaliação).Seguiu-se então a visita às zonas de filtragem, onde o azeite passa por duas etapas essenciais. Inicialmente é filtrado de forma a tirar o grosso das impurezas, o chamado “azeite desbastado”. Depois, segue-se uma fase crucial para a “vida” do azeite, que é o retirar da humidade.É altura do azeite passar então para os locais de embalamento, onde todos os visitantes se detiveram por mais tempo, observando atentamente a tecnologia que suporta as linhas de produção. “Esta linha que aqui vêem, é apenas acompanhada por três operadores e está preparada para ser mudada [todos os dias a linha muda, de acordo com o tamanho e tipo de garrafas] num tempo recorde de 5 minutos”, referiu o António Alves Vieira, orgulhoso dos níveis de coordenação que atingiu a fábrica que dirige.Transversal a todo o percurso da visita ressalta a manifesta  preocupação em melhorar o desempenho da empresa. Sucedem-se os quadros de controle de perdas, desperdícios, produtos defeituosos e paragens das máquinas. São bem visíveis os “placards” que anunciam que em determinada unidade fabril o último acidente de trabalho ocorreu há mais de três anos.António Alves Vieira explicou que todo este trabalho tem sido efectuado na sequência do processo de certificação da empresa e, sobretudo, na adopção do método japonês do TPM (Total Productive Maintenance), em 2000.“O TPM pretende melhorar, organizar e racionalizar todo o trabalho desempenhado numa empresa. Para nós é um objectivo estratégico que queremos cumprir. Consiste por um lado, numa aposta na formação contínua dos operadores. Formação na linha e formação complementar, para que dominem cada vez mais as suas funções. E depois disso, podemos então transferir poder e responsabilidade habitualmente localizadas nas funções mais de topo  para esses operadores de linha”. Um exemplo que poderá ser seguido pelas empresas visitantes, que elogiaram o trabalho feito no âmbito deste projecto e que se mostraram interessados em conhecer melhor o funcionamento do sistema de TPM.
A fábrica do azeite Gallo

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