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Um milhão pelo Rosa Damasceno

Exercício do direito de preferência aprovado pela Câmara de Santarém
O executivo da Câmara de Santarém decidiu por unanimidade, na segunda-feira, exercer o direito de preferência com vista à aquisição do Teatro Rosa Damasceno. A notificação nesse sentido seguiu no mesmo dia para o Clube de Santarém, entidade proprietária da sala de espectáculos. Para tomar posse do imóvel, a autarquia vai ter de desembolsar um milhão de euros, soma que provavelmente será liquidada em espécie com terrenos urbanizáveis. Recorde-se que um milhão de euros é o valor por que foram avaliados os 14 lotes de terreno para construção, em Almeirim, que um empreiteiro pretendia trocar pelo Teatro Rosa Damasceno com o aval do Clube de Santarém. Com o exercício do direito de preferência, a câmara inviabiliza o negócio mas tem de cobrir esse valor.A novela em torno do Rosa Damasceno já dura há cerca de uma década, quando a sala fechou portas ao público. O imóvel encontra-se em acentuado estado de degradação e o Clube de Santarém sempre afirmou que não tem possibilidades de proceder à sua manutenção, apesar de já ter sido notificado nesse sentido.No anterior mandato, o clube e a câmara chegaram a ter alinhavado um negócio. A câmara tomava posse do teatro e em troca cedia alguns terrenos ao proprietário. Mas o processo não chegou a avançar, alegadamente porque parte dos terrenos em causa já estaria prometida a outra entidade.Já neste mandato - e face à iminência do imóvel ser vendido ao empresário de construção civil e de ser utilizado para outros fins que não os originais - a Câmara de Santarém propôs pagar 120 mil contos pelo espaço, numa altura em que o clube pedia 300 mil contos.Depois, a autarquia tentou adquirir só o direito de superfície da sala por 50 anos, comprometendo-se a proceder à sua manutenção. Em troca pagava 70 mil contos. Mas a proposta também não vingou e o clube, reunido em assembleia geral, preferiu negociar com o empreiteiro que lhes oferecia terrenos para construção em Almeirim.Após a aquisição consumada, a autarquia pretende recuperar o espaço para a realização de actividades culturais.

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