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PS de Tomar em rota de colisão

Militantes trocam acusações
O Partido Socialista (PS) de Tomar enviou à federação distrital matéria que diz ser suficiente para instaurar um processo disciplinar ao militante António Alexandre. A comissão política concelhia, liderada por Luís Ferreira, diz que o ex-vereador tem sido sucessivamente conivente com a maioria social-democrata que governa a autarquia, particularmente com o seu presidente, António Paiva.Em declarações ao nosso jornal, o líder da concelhia referiu que António Alexandre anda a aproveitar-se da sua exposição pública – é comentador em duas rádios da cidade – para fazer ataques ao partido. A decisão do processo disciplinar surge depois de um primeiro comunicado, onde a comissão política “avisa” António Alexandre que está a ir longe de mais e de um posterior esclarecimento público, onde é retirada a “legitimidade” ao ex-vereador para falar em nome do partido.António Alexandre é que parece não se importar muito com tudo isto. “Levantem-me uma processo que eu quero saber do que me acusam”. Ao nosso jornal afirma que irá fazer o que sempre fez até agora: continuar a defender os interesses do concelho e do PS, “falando abertamente e livremente” sobre a vida interna do partido. “Era o que faltava não poder fazer isso. Eu até sou um militante de base do PS”, refere, adiantando que “o tempo de Salazar acabou há muitos anos”.Para o ex-vereador, toda esta crispação, ou “loucura” como lhe chama, deve-se ao facto de afirmar publicamente que o presidente da concelhia está refém dos interesses pessoais do assessor da protecção civil, José Pereira, e do próprio vereador, José Mendes, em manter esse pelouro.“Não devo nada a ninguém nem estou hipotecado a nada e dou sempre a cara, ao contrário de outros, como o actual presidente”, diz António Alexandre.Para Luís Ferreira, a atitude de António Alexandre só teria sentido se ele entregasse o cartão de militante e se fosse inscrever uns metros mais acima, na sede do PSD.O presidente da concelhia, recentemente eleita, diz ainda que a nova comissão política será intransigente relativamente aos que pretendem ver continuada a “rebaldaria” que tem acontecido em Tomar nos últimos anos. “E isso inclui todos, quer sejam vereadores, deputados, membros da assembleia”.É por isso também que o actual vereador sem pelouro, Fernando Santos, terá de se explicar perante a comissão política – a reunir de emergência no próximo domingo - relativamente ao facto de, em sua opinião, ter agido contra os órgãos legítimos do partido ao ler, na última reunião de câmara, uma declaração de voto onde afirmava não se rever em algumas tomadas de posição do PS.

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