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“PSD deixou cair a máscara”

“PSD deixou cair a máscara”

PS acusa social-democratas de querem impedir o desenvolvimento de Santarém

O PS acusou as concelhias do PSD da Lezíria do Tejo de tomarem posições políticas à revelia dos seus eleitos. Em causa está um comunicado do PSD que defendia o final do projecto Águas do Ribatejo, numa altura em que os vereadores social-democratas na Câmara de Santarém mostraram abertura em permitir a adesão do município escalabitano à empresa.

O presidente da Câmara de Almeirim e da Associação de Municípios da Lezíria do Tejo (AMLT), Sousa Gomes (PS), diz que o PSD deixou “cair a máscara com a emissão de um comunicado meramente político” onde defendia o fim do projecto de criação da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo. “O PSD não se deu ao trabalho de comparar o sistema previsto na Águas do Ribatejo com os restantes do país, que apresentam tarifas bem mais elevadas que as nossas”, afirmou, apresentando um documento comparativo.A posição tomada por Sousa Gomes em conferência de imprensa, realizada na tarde de segunda-feira, na sede distrital do PS, em Santarém, surge na sequência do comunicado subscrito pelos presidentes de oito concelhias do PSD da Lezíria do Tejo, onde se acusava a AMLT de não ter sabido conduzir o processo. Designadamente por não ter disponibilizado informação suficiente aos eleitos nas câmaras e assembleias municipais, envolvidas no processo de adesão.Tanto Sousa Gomes como o presidente da distrital socialista Paulo Fonseca deram nota da sua solidariedade para com Rui Barreiro, o presidente da Câmara de Santarém que viu a oposição composta por PSD e CDU votar contra a adesão do município escalabitano à Águas do Ribatejo. Paulo Fonseca acusou mesmo o PSD de se colocar na antítese dos interesses da população de Santarém. “Uma atitude irresponsável e sem aduzir qualquer argumentação de especial. Apenas com propostas que ultrapassam o razoável como os prémios de subscrição de capital que todos os municípios certamente quereriam”, indicou.Uma posição coadjuvada por Manuel Afonso, vice-presidente da Câmara de Santarém, que apelidou o PSD de partido à deriva. “Não têm municípios na Lezíria do Tejo a as suas concelhias andam a tomar decisões à revelia dos seus eleitos. Não está minimamente preocupado com o desenvolvimento, mas sim em criar obstáculos”, acusou.Manuel Afonso aludia ao facto de, na mesma semana em que surgiu o comunicado das concelhias do PSD, se ter chegado a uma plataforma de acordo que poderá permitir o voto favorável à adesão por parte dos vereadores do PSD, na Câmara de Santarém (ver última edição de O MIRANTE).Uma situação que a vereadora do PSD Hélia Félix admitiu na reunião do executivo escalabitano, realizada também na segunda-feira, desde que as propostas de alteração ao caderno de encargos para escolha do parceiro privado, subscritas pelo seu partido, sejam tidas em conta no concurso público. Caso não surja qualquer parceiro privado interessado em aderir nesses moldes, os vereadores do PSD viabilizam a proposta já lançada pela Associação de Municípios da Lezíria do Tejo e aprovada em oito municípios. Para isso basta que se abstenham em nova votação.O presidente da Câmara de Santarém voltou a recordar que com a exclusão de empresa Águas do Ribatejo o concelho irá ficar para trás, adiantando tudo ir fazer neste e no próximo mandato para que aquela solução venha a ser adoptada.“Estamos a ser duplamente penalizados, já que vamos perder verbas do fundo de coesão e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). No próximo quadro comunitário de apoio não vamos ter o saneamento nos padrões exigidos e ter de aplicar aí grande parte do investimento da autarquia, ficando para trás outros investimentos da carácter desportivo, cultural e económico-social”, adiantou Rui Barreiro.
“PSD deixou cair a máscara”

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