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Teresa Ribeiro

“Pode haver muitos acidentes de viação devido às estradas, mas o maior problema é a falta de civismo das pessoas. Há muitos homens que se desligam da estrada só porque vêem uma menina bonita a passar”

49 anos, cozinheira, Rio Maior

O que sentiu quando viu as imagens dos atentados em Espanha?Senti revolta e uma enorme tristeza. Quem fez aquilo tem que ser gente muito má para conseguir dar cabo da vida de inocentes que não têm culpa nenhuma do que se passou.Consegue encontrar alguma justificação para este tipo de acções?Não. É pura e simplesmente maldade e não tem nada a ver com fundamentos religiosos. São apenas malucos que vivem a religião como se fosse algo de mau. No fundo contrariam os princípios da religião.Teme que haja algum atentado semelhante durante o Euro 2004?Temo muito e acho que temos motivos para estar preocupados. Eles prometeram vingar-se de todos os países que deram apoio a Bush e este caso é mais uma prova de que não estavam a brincar.Deveria ser feito um novo referendo sobre o aborto?Não há nenhuma razão para realizar um novo referendo sobre o aborto. Os portugueses já se pronunciaram e devia ficar tudo como está. Acho que têm que dar é mais apoio a quem tem filhos, ou quer ter filhos, principalmente às mães solteiras.A educação sexual deveria ser integrada nos currículos escolares?Acho que devia ser uma disciplina obrigatória, mas leccionada por especialistas. Muitos professores que hoje dão essa disciplina não entendem nada do assunto porque não têm formação específica.Os mais novos só gostam de hamburgueres e batatas fritas?Não. Gostam de todo o tipo de comida. Se calhar quando é peixe com batatas há muitos que já não compram a senha, mas outros comem com satisfação.E os homens, conquistam-se pela boca?Oh se conquistam! Pela boca e pelo estômago.Qual é o seu prato preferido?Quer para cozinhar quer para comer é a caldeirada de borrego. Adoro! Também gosto muito de arroz de tamboril.Prefere cozinhar o que come ou ir jantar fora?Gosto muito de cozinhar a minha comidinha, mas também não me importo se me convidarem para jantar fora.Concorda com a proibição de fumar em bares e restaurantes?A cem por cento. A liberdade de uma pessoa termina onde começa a da outra e quantas vezes, sem querer, sou obrigada a fumar mais cigarros do que aqueles que estão ao meu lado. Acho mesmo que devia ser proibido em muitos mais locais. Já por mais de uma vez tive de sair da estação da rodoviária de Santarém, senão fico lá intoxicada com tabaco.Costuma separar o lixo?Não, porque aqui não temos ecopontos e, por isso, não vale a pena estar a separar o lixo para depois o colocarmos todo nos contentores normais.Confia nos médicos e na saúde?Há bons e maus médicos, mas o pior é o sistema de saúde em si, que não funciona. Tenho uma amiga que foi operada no Hospital de Santarém, mandaram-na para casa ao fim de três dias e teve de vir novamente de urgência para o hospital, porque não foi tratada devidamente.O que pensa da política e dos políticos?Não percebo nada disso, mas não confio nos políticos.Tem preconceitos em relação aos homossexuais?Não. São seres humanos como outros quaisquer. Mas o preconceito existe na sociedade, sobretudo nas camadas etárias mais idosas.Teme mais a morte ou a dor? A dor. O sofrimento assusta-me bem mais.Costuma dar atenção às rubricas de astrologia?Leio para me rir, mas tenho de estar num grupo de pessoas, senão não ligo nenhuma. Acho que aquelas previsões são uma perfeita parvoíce.Os portugueses são um povo triste?Nada disso. Dêem-lhes petiscos e vinho verde e ficam logo um povo muito alegre. Somos um povo de brandos costumes, que esquece as coisas com muita facilidade.Porque se morre tanto nas estradas portuguesas?Pode ser um bocadinho devido às estradas, mas o maior problema é a falta de civismo das pessoas. Há muitos homens que se desligam da estrada só porque vêem uma menina bonita a passar.Já pensou onde vai passar as férias de Verão?Vou passá-las em casa, porque o dinheiro não chega para férias. Mas gostava muito de ir novamente a Londres. Estive lá no dia em que a rainha-mãe, que faleceu recentemente, fazia 97 anos e foi uma grande festa. Estava toda a realeza no jardim e as portas estavam abertas. Gosto muito do civismo dos ingleses e da sua elegância.

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