Arnaldo Cardoso, 67 anos, tem, segundo diz, norteado a sua vida a servir a sua terra, “numa perspectiva, sobretudo, humanista”. Foi também nessa óptica que aceitou candidatar-se a presidente da junta nas ultimas autárquicas, iniciando-se assim na vida política. “Os dirigentes locais do PSD entenderam que comigo seria possível manter a freguesia do Sardoal no PSD e por uma questão de serviço à comunidade e de amizade para com as pessoas que me abordaram não fui capaz de dizer que não. E cá estou, tentando fazer o meu melhor”, diz.Se, na política, Arnaldo Cardoso é estreante o mesmo não se poderá dizer a nível de actividades associativas e na Misericórdia, de que é vice-provedor desde 1988. “Nasci e cresci no Sardoal e sempre me dediquei a esta terra. Estou ligado desde os anos 60, fiz parte do Clube Desportivo e Recreativo Os Lagartos, da Sociedade Filarmónica Sardoalense, desencaixotei-a nos anos 60, mas sempre como orientador e colaborador porque, como comecei a trabalhar muito novo, não tinha muitas oportunidades de ser executante”.Casado e pai de duas filhas, uma das quais a residir em Abrantes - “numa casa construída para o rei D. Manuel I vir passar férias ao Sardoal” – Arnaldo Cardoso diz que no pouco tempo que lhe resta gosta de ler: “Desde pequeno que leio muito, conseguia fazê-lo nos espaços que roubava ao descanso nocturno”.Para além de vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia, o autarca faz parte da comissão municipal de ensino, a junta a que preside coordena as outras juntas no programa da rede social e, profissionalmente, é comerciante.“Comecei a trabalhar no comércio com 12 anos e nessa altura não havia horários”, conta. Mas consegue arranjar tempo para tudo: “Gosto de sentir-me útil para com o próximo, com as pessoas que comigo vivem”.A sua experiência de autarca tem sido “altamente positiva”, mas não tomou qualquer decisão quanto a uma futura recandidatura: “Não encarei essa situação de maneira nenhuma. Tenho 67 anos e há pessoas com mais vigor e talvez mais disponibilidade. Não gosto de ser monopolizador portanto não lhe vou responder nem que sim nem que não. Essa hipótese não entrou no meu horizonte”, afirma.Neste seu primeiro mandato, Arnaldo Cardoso diz que nunca sentiu “nenhuma atitude de hostilidade em nenhum dos lugares que compõem a freguesia” e que, juntamente com os outros elementos, todos PSD, tem tentado gerir o “melhor possível os magros recursos financeiros da junta”.Através de candidaturas foi possível instalar um posto da internet e proceder à modernização administrativa na sede da junta, aberta diariamente de manhã e de tarde.Temos uma administrativa e dois cantoneiros, para além de recorrermos ao centro de emprego”, descreve.Presentemente, uma das suas maiores preocupações enquanto autarca é construir um espaço para guardar as máquinas: “Nas traseiras da junta há esse espaço e essa é a nossa próxima aposta”.