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Morte de aluno gera dúvidas

Morte de aluno gera dúvidas

Julgamento de quatro professores acusados de negligência

O Tribunal de Vila Franca de Xira ainda não conseguiu apurar em que circunstância se deu a morte por afogamento de David Ribeiro, de 13 anos, no rio Tejo em Alhandra, em Junho de 2000. Quatro professores da Escola EB 2/3 Aristides Sousa Mendes da Póvoa de Santa Iria estão acusados de homicídio por negligência. O crime é punível com pena de prisão de 1 a 5 anos, que pode ser suspensa ou substituída por uma multa a fixar pelo Tribunal.

Na quinta sessão, realizada no dia 26 de Março, apenas uma criança, colega da vítima, foi ouvida, depois de várias horas de atraso. Sara Rocha, de 14 anos, disse que os alunos tomaram conhecimento das aulas de iniciação à canoagem na escola, onde lhes foi explicado pelos professores, como tudo decorreria. Segundo a aluna, David Ribeiro terá dito na altura que não sabia nadar, mas foi informado pelos professores que quem não soubesse nadar também poderia ir, uma vez que seria obrigatório o uso de coletes de salvação durante a aula. Sara Rocha adiantou ainda ao tribunal que, praticamente, todos os alunos, incluindo a vítima, entraram na água depois de pedirem autorização aos professores. Primeiro os docentes mostraram-se hesitantes, mas depois acabaram por dar autorização aos alunos, pedindo-lhes para terem cuidado.David esteve alguns minutos a brincar com os colegas. A última vez que Sara o viu, já ele estava com uma colega numa zona onde, supostamente, não teria pé. A aluna só se apercebeu da aflição do amigo quando o alarme já tinha sido dado por outros colegas, que entretanto se tinham atirado à água na tentativa de o resgatar.À margem da última sessão, o MIRANTE apercebeu-se do descontentamento dos pais das crianças chamadas a depor. Só perto da hora de almoço, e depois de três horas de espera, é que os advogados e as crianças foram informados de que o julgamento tinha sido adiado para depois do almoço, o que causou algum descontentamento aos pais e às crianças.A sessão começou com algum atraso e, durante as duas horas em que decorreu, só uma criança foi ouvida em tribunal, porque a juíza tinha outras ocorrências pendentes. A juíza Raquel Costa, apesar das dificuldades de agendamento – uma vez que tem julgamentos marcados até Setembro de 2005 – conseguiu marcar uma nova sessão para o dia 19 de Abril, altura em que o tribunal vai continuar a ouvir os alunos.
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