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Lotaria só sai a quem joga

Figueirense venceu em Vila Chã de Ourique e vai à final da Taça do Ribatejo

O União Figueirense, da segunda divisão distrital, vai à final da Taça do Ribatejo. A equipa do concelho de Coruche eliminou o Ouriquense, da primeira divisão, após grandes penalidades, depois do jogo e do prolongamento ter terminado empatado a um golo.

O Ouriquense não está na final da Taça do Ribatejo muito por culpa própria. No jogo das meias-finais, em que recebeu o União Figueirense, da segunda distrital, a equipa do concelho do Cartaxo entrou bem no jogo, esteve a vencer por 1-0 e podia ter ampliado a vantagem por várias vezes, o que só não aconteceu devido ao desacerto na hora do remate.Antes do golo do Ouriquense, que surgiu aos 14 minutos, na sequência de um canto do lado esquerdo que Rato bateu e Rita respondeu com um excelente cabeceamento, enviando a bola para dentro das redes, Fafu já tinha falhado dois golos com a baliza completamente à sua mercê.Aos 21 minutos, o guarda-redes do Figueirense começou a mostrar serviço. Borges tirou autenticamente o pão da boca a Rato, defendendo para canto um remate que parecia levar o selo de golo. A equipa da casa continuou a dominar o jogo durante praticamente toda a primeira parte, mas falhava sempre algo lá na frente e o resultado não se alterou até ao intervalo.Após o reatamento, o Figueirense apareceu mais atrevido e, aos dez minutos, o Ouriquense apanhou o primeiro susto, com a bola a bater na trave após um cruzamento/remate que o vento conduziu para o ferro superior da baliza de Castanheira.Na resposta, o Ouriquense podia ter “morto” o jogo. O árbitro assinalou uma falta cometida por Zé Silveira dentro da área do Figueirense, assinalou pénalti, mas César Costa falhou uma grande penalidade que poderia ter colocado a equipa a ganhar por 2-0 e a partir dai o jogo alterou-se por completo. O treinador do Figueirense colocou Chico Zé e Rui Lopes nos lugares de Pedro Cruz e Luís Passá, fazendo Zé Silveira avançar no terreno de jogo para se fazer valer da sua enorme estatura.Dois minutos depois as alterações produziram o efeito desejado por Toi, com Renato a empatar aos 16 minutos. Em resposta a um cruzamento atrasado vindo do lado direito, o camisa 16 do Figueirense teve tempo para tudo na zona central da defesa do Ouriquense. Dominou, preparou o remate e bateu Castanheira, que nada podia fazer.Ainda a equipa da casa não tinha percebido bem o que lhe estava a acontecer e já Renato se preparava para fazer o 1-2. O ponta de lança do Figueirense apareceu mais uma vez sem marcação na zona central e só não virou o resultado porque a bola bateu pela segunda vez na trave.O jogo ficou aberto, com as duas equipas a dividirem os lances de ataque, mas agora sem grande perigo. O golo só voltou a estar eminente no terceiro minuto do prolongamento, mas Castanheira efectuou uma das suas boas intervenções, defendendo um remate de Rui Lopes que ia direitinho para a baliza.Do lado do Ouriquense, as duas melhores oportunidades nos trinta minutos finais pertenceram a Pombo. A primeira foi defendida por Borges para canto, enquanto a segunda, um remate cruzado fora da área, saiu a rasar o poste.Castanheira também merecia a sorte grandeNa lotaria das grandes penalidades, foram precisos 12 pontapés para encontrar um vencedor. Na série de cinco, cada equipa marcou três e os guarda-redes defenderam duas. Rui Pedro, que marcou a quinta penalidade do Ouriquense, podia ter decidido o jogo.O Figueirense já tinha marcado as cinco e só convertera três, as mesmas que a equipa de Vila Chã de Ourique, que ainda tinha um pénalti. Mas o experiente defesa não conseguiu marcar e foi necessário recorrer a mais dois pontapés. Nuno Gaspar marcou para o Figueirense e Filipe Godinho falhou para o Ouriquense, permitindo a festa dos jogadores de Fazendas das Figueiras.Os dois guarda-redes acabaram por ser os melhores jogadores em campo. No Figueirense destacaram-se ainda o defesa Quim, impecável a “varrer” o sector recuado e a dupla ofensiva formada por Renato e Paulo Mendes. No Ouriquense, Castanheira fez o que pôde para evitar a eliminação, mas não foi suficiente.O trio de arbitragem esteve bem no capítulo técnico mas foi demasiado permissivo disciplinarmente, permitindo lances muito duros entre os jogadores. Filipe Custódio, precisa ser mais rígido neste capítulo, sob pena de os jogadores não o respeitarem.

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