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Entre a Junta de Freguesia e a Farmácia

António Amaral, presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, cumpre o terceiro mandato como autarca
O presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, António Amaral, 46 anos, vai no seu terceiro mandato. Nasceu em Alcanede (Santarém), mas hoje sente-se um verdadeiro filho da terra que o acolheu quando tinha apenas 20 anos.António Amaral foi convidado pelo partido socialista para ser candidato, mas concorreu como independente. Só há dois anos é que se filiou no partido. A intensa vida autárquica é ainda dividida com os serviços nocturnos como técnico de farmácia. Desde que é presidente de junta as férias de Verão limitam-se a alguns fins-de-semana. “Azambuja é uma terra sempre em festa e felizmente convidam-me para tudo”, justifica.O horário flexível na farmácia permite-lhe dedicar algumas horas durante o dia à junta, além da noite e dos fins de semana. “Durante o dia recebo a população. É preciso coordenar o trabalho, gerir conflitos e falar com os motoristas. Também tiro momentos para conversar com os trabalhadores”.António Amaral orgulha-se das instalações e do moderno equipamento de que hoje a Junta de Freguesia dispõe. O presidente quer introduzir um som ambiente na rua que passe música de fundo e informações úteis, não só nas alturas festivas, mas durante todo o ano.O trabalho que tem desenvolvido ao nível da higiene e limpeza é também motivo de vaidade. A Junta de Freguesia comprou três máquinas aspiradoras automáticas para ajudar a manter limpa a vila de Azambuja, complementando o trabalho de lavagem das ruas assegurado pelos Bombeiros Voluntários de Azambuja. A pintura dos muros, gradeamentos e fontanários da vila, e a manutenção dos espaços verdes são outros serviços que desenvolvem.António Amaral começou a trabalhar numa farmácia de Vila Moreira, em Alcanena, com apenas 13 anos. Para frequentar o liceu na sede de concelho, onde estudava, deslocava-se muitas vezes de bicicleta e à chuva.Há 26 anos aceitou o convite para trabalhar na Farmácia Central de Azambuja. Era trabalhador estudante, queria tirar o curso superior de Farmácia e, por isso, decidiu aproximar-se de Lisboa. “Fiquei pelo caminho. Era preciso fazer serviços nocturnos e não tinha condições para estudar”, recorda o técnico de farmácia que acabou por ficar na vila de Azambuja, onde constituiu família.A esposa e os seus dois filhos, um rapaz de 10 anos e uma rapariga de 19, são os mais prejudicados pelas horas passadas em reuniões e fins de semana em trabalho. A compreensão da família é fundamental para que António Amaral consiga honrar os compromissos.A grande paixão do presidente da junta é a dança. Não perde uma oportunidade para ir à discoteca ou a um arraial. “Não há sítio nenhum com música onde vá e não dance”, assegura.As suas leituras limitam-se aos jornais regionais, ofícios e muitos artigos a que a actividade profissional e de autarca obrigam. Não há disponibilidade para ter um livro à cabeceira. Às vezes, encorajado pelo filho, ainda assiste a um filme no cinema.António Amaral ainda não sabe se irá candidatar-se nas próximas eleições, mas confessa que se sente com vontade de trabalhar. “Enquanto sentir forças e lucidez para servir os outros pretendo continuar, porque hoje faço uma coisa e amanhã quero outra”, garante.

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