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Hospital de Santarém reduziu défice orçamental

Aumento de produtividade e redução de custos foram satisfatórios

No Hospital de Santarém foi feito o balanço do trabalho realizado o ano passado e traçadas as linhas orientadoras para 2004. Melhoria da qualidade do atendimento através de incentivos aos funcionários, racionalização de consumos e renovação das instalações das consultas externas, são algumas prioridades.

O Hospital de Santarém S.A. prevê tratar este ano 18.158 doentes e realizar mais de 126 mil consultas externas. Às urgências devem afluir um número de 97.568 doentes. Os números foram apresentados terça-feira pela administração da unidade de saúde numa conferência de divulgação dos resultados de 2003 e objectivos para 2004. Durante este ano o hospital pretende melhorar a qualidade do atendimento ao público, a renovação das instalações da consulta externa e do hospital de dia de oncologia. Para que haja um aumento de produtividade a administração vai implementar um modelo de incentivos aos funcionários a par da racionalização de consumos. Segundo o presidente do conselho de administração, Edgar Gouveia, vai poupar-se nos desperdícios, mas não há limites para os produtos essenciais, como medicamentos. Quanto ao modelo de incentivos, pretende-se premiar o mérito dos trabalhadores, qualquer que seja o vínculo laboral (funcionários com vínculo à função pública e contratados). Vai haver um prémio de contribuição individual que vai distinguir os colaboradores em função do seu contributo para a concretização dos objectivos de produção e qualidade. O hospital compromete-se ainda, caso tenha resultados líquidos superiores a zero, a distribuir 50 por cento do valor em incentivos extra. Considerando que os resultados obtidos em 2003 são “satisfatórios”, Edgar Gouveia sustentou que os números ilustram o sucesso deste novo modelo de gestão dos hospitais SA. E acrescentou que é possível atingir graus de eficiência mais elevados, com redução do desperdício e o aumento da produção do hospital. No ano passado, registou-se um crescimento em todas as linhas de produção. O maior aumento deu-se no hospital de dia com 12.518 sessões, mais 34,3 por cento que em 2002. O número de doentes tratados aumentou 2,3% (17.614 pessoas). A nível de consultas externas houve um acréscimo de 11,9 por cento, ou seja mais 12.330 consultas num universo de 116.145. Destaque também para actividade cirúrgica que aumentou 26.74 por cento. As cirurgias inseridas na redução de listas de espera cresceram 6 por cento. Nesse sentido, segundo o presidente do conselho de administração, foi possível reduzir o tempo de espera para 6 meses, quando antes havia pessoas três anos à espera de operação, por exemplo às cataratas e às varizes. E garantiu que doentes urgentes não esperam. Durante a gestão de 2003 a administração conseguiu reduzir o défice do orçamento em 78,5 por cento, que previa prejuízos de mais de 20 milhões de euros. Com a contenção imposta foi possível situar o défice em menos de quatro milhões e meio de euros. Foi também durante o ano passado que se iniciou a construção da nova unidade coronária e da nova urgência pediátrica. Inaugurou-se uma nova sala de cirurgia de ambulatório e abriu-se uma unidade de isolamento de infectados com seis camas. Alargou-se ainda o horário de funcionamento do bloco operatório e aumentou-se o número de camas da unidade de cuidados intensivos de 4 para 6. Até ao fim de 2004, o hospital prevê investir um milhão e novecentos mil euros na melhoria das instalações. O dinheiro vai para a realização de obras nos blocos operatórios, consulta externa e urgência, bem como para a compra de equipamentos para o serviço de imagiologia e urgência. Plano de emergência em reformulaçãoCriado em 1993, o plano de emergência externa do Hospital de Santarém está desactualizado. Por isso, a administração da unidade hospitalar está a actualizar o documento que define os procedimentos a adoptar em caso de catástrofe, ou acidente grave.Entretanto a administração do Hospital de Santarém SA adjudicou a elaboração de um plano de segurança interno, que incide principalmente sobre o risco de incêndio. Deste plano, faz parte a realização de simulacros, de modo a treinar os colaboradores do hospital-empresa. Recorde-se que em 1999 aconteceu um grande incêndio nas instalações, que teve origem na lavandaria do hospital. São situações como estas que o presidente do conselho de administração, Edgar Gouveia quer prevenir, deixando uma certeza: “No que depender de nós, vamos tentar evitar situações de risco”.

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