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Contra ventos e marés

Colectividades de Tomar juntam-se no primeiro encontro concelhio

Durante dois fins de semana 27 colectividades do concelho de Tomar concentram-se na aldeia de Vila Nova para o seu primeiro encontro, mostrando o que valem e reivindicando mais apoios por parte das entidades competentes.

“A mais bonita e importante concentração do associativismo popular”. Foi assim que José Lagarto, presidente da Sociedade Instrutiva Recreativa e Desportiva Vilanovense definiu o primeiro encontro de colectividades do concelho de Tomar, em Vila Nova. Um encontro que se iniciou no sábado, 17 e se prolonga até ao próximo fim de semana.As dificuldades sentidas no dia a dia pelas 27 colectividades que ocorreram à iniciativa são compensadas pelo voluntariado e carolice dos seus dirigentes e com a participação de cada vez mais jovens nas actividades. “São eles o futuro destas associações”, referiu José Lagarto.Folclore, música popular e filarmónica, aeromodelismo, cicloturismo, jogos tradicionais, futebol de salão, teatro e full-contact são algumas das actividades que decorreram ou vão ainda decorrer na pequena aldeia de Vila Nova.A satisfação e o prazer de trabalhar para os jovens e para os idosos e o retorno dessa tenacidade tornam os dirigentes associativos de Tomar orgulhosos do trabalho que realizam mas também com maiores responsabilidades e preocupações. “Chegámos até aqui, não podemos agora abandonar quem veio ter connosco na procura de algo diferente para passar o tempo”.José Lagarto fez votos para que este encontro de colectividades seja o nascer de um novo incentivo, para continuar a proporcionar a ocupação sadia de associados e amigos. E para que, entre as colectividades presentes na iniciativa, se avançasse já para a marcação do segundo encontro, numa outra aldeia do concelho.O presidente da Junta de Freguesia de Paialvo foi bastante mais pragmático na intervenção que fez. Aproveitando a presença do vice-presidente da Câmara de Tomar, Corvelo de Sousa, Custódio Ferreira reivindicou maiores verbas para as colectividades.“Os subsídios são cada vez mais diminutos, muitas vezes nem chegam para pagar os instrumentos”, referiu o autarca, adiantado esperar que as entidades competentes ponham a mão na consciência e apoiem mais as associações que investem nos jovens e no futuro.Mesmo assim, para Custódio Ferreira vale a pena trabalhar em prol do desenvolvimento das suas aldeias que, se um dia perderem as suas colectividades, ficam moribundas. “Uma aldeia que não tem uma associação ou colectividade vai morrer mais cedo ou mais tarde”, vaticinou o presidente da Junta de Paialvo.Para o vice-presidente da Câmara de Tomar o movimento associativo é um elemento essencial da vida do concelho. Admitindo que em todo o lado há falhas e carências, Corvelo de Sousa disse que as colectividades são conhecidas por remarem contra a maré, conseguindo fazer coisas que à partida parecem impossíveis de realizar.Relativamente ao apoio dado pelo executivo municipal às colectividades do concelho, o vice-presidente referiu que é o possível e que continuará a crescer à medida das capacidades da câmara.No evento de Vila Nova estiveram representadas várias entidades oficiais, locais e regionais, nomeadamente o presidente da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto do distrito de Santarém, o assessor do Governador Civil de Santarém, o representante da Casa do Concelho de Tomar em Lisboa e o vice-presidente da Câmara de Tomar.

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