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Carregado produz energia mais ecológica

Carregado produz energia mais ecológica

Durão Barroso inaugurou Central Termoeléctrica do Ribatejo
O primeiro-ministro inaugurou na terça-feira, 20 de Abril, o primeiro grupo da Central Termoeléctrica do Ribatejo, na Vala do Carregado, a oito quilómetros de Vila Franca de Xira. Esta é a primeira central portuguesa a ser abastecida por gás natural e o primeiro equipamento preparado para operar no mercado liberalizado. O investimento total será na ordem dos 600 milhões de euros (mais de 120 milhões de contos).O primeiro grupo está pronto desde Fevereiro, em Outubro entra em funcionamento a exploração do segundo grupo e em Março de 2006, quando for inaugurado o terceiro grupo, a central terá uma potência instalada de 1200MW, 18 por cento do consumo nacional.A escolha da localização teve a ver com factores de carácter económico e ambiental. Os bons acessos rodoviários (perto da A1 e A10) e ferroviários (junto da linha do Norte) e a proximidade da rede de gás natural foram determinantes. A possibilidade de aproveitar condições existentes na velha central também pesou na decisão. A inauguração da central aconteceu no dia em que o mercado ibérico de electricidade (Mibel) arrancou oficialmente. O primeiro-ministro disse estar confiante de que a EDP pode vir a liderar o novo mercado.O início efectivo do Mibel só deverá acontecer mais tarde, a pedido do governo espanhol que ainda não fez aprovar pelas Cortes os diplomas legais necessários.Mas desenganem-se os portugueses que acreditaram numa baixa considerável dos preços da energia fornecida pela EDP. O presidente da comissão executiva da EDP, João Talone disse que vai haver uma baixa de preço, mas Portugal não tem condições para fazer reduções significativas no preço da energia.O administrador avisou o Governo de que, caso não tenha condições para o crescimento da empresa em Portugal, irá procurá-las em Espanha.“Estamos no mercado ibérico e, portanto, se não nos deixarem crescer em Portugal, será em Espanha”, afirmou João Talone após a cerimónia de inauguração oficial que contou com as presenças do primeiro-ministro, Durão Barroso, do ministro da Economia, Carlos Tavares, e do ministro do Ambiente, Amílcar Theias. À porta da central, duas dezenas de trabalhadores da EDP exibiram uma faixa onde se lia: “Postos de trabalho reduzidos, consumidores pagam a factura”. O presidente da EDP cumprimentou um a um os manifestantes e disse aos jornalistas que lamenta a necessidade de reduzir o número de trabalhadores, mas não aceita que se diga que a factura é paga pelos consumidores.
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