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Só foi executado um terço do planeado

Oposição critica gestão da Câmara de Torres Novas em 2003
Os vereadores da oposição – CDU e PSD – votaram contra o relatório e as contas da Câmara Municipal de Torres Novas referentes a 2003, por não concordarem com a gestão da maioria socialista. A câmara reuniu-se extraordinariamente na sexta-feira, dia 16, para analisar e votar os documentos.Em termos técnicos os documentos mereceram elogios, mas eles “têm de ser analisados politicamente”, lembrou o vereador Carlos Tomé (CDU). Na declaração de voto, este elemento do executivo classificou a gestão do PS de “despesista”, justificando a sua posição pelo aumento da despesa corrente (13,1 por cento) e pelo baixo nível de execução do plano de actividades, que “ se ficou apenas pelos 32,45 % do previsto”. “Nem as previsões orçamentais foram realistas nem o previsto em plano de actividades, ou no Plano Plurianual de Investimentos foram realizadas em níveis aceitáveis”, afirma. Os exemplos de pouco rigor são evidentes no “empolamento” de rubricas como a Venda de Bens de Investimento, “eterna causadora deste autêntico falhanço na previsão das receitas de capital”.O agravamento da dicotomia entre os espaços urbanos e os rurais e o aumento dos encargos com pessoal foram particularmente criticados pelos social-democratas. Octávio Oliveira e João Quaresma consideram que “a gestão autárquica do PS não aproveitou a conjuntura favorável em matéria de recursos humanos, resultante de uma anormal saída de funcionários por aposentação, para reduzir o número”. Pelo contrário, “em 2003 passaram a estar ao serviço da autarquia mais 15 colaboradores”.Por outro lado, o PSD critica a fraca aposta em acções de formação para os trabalhadores da autarquia, facto que “poderia ser importante para a melhoria das qualificações dos recursos humanos e para o próprio desempenho”.A estas argumentações, o PS responde com a “satisfação” de estar em “presença de bons resultados, melhores que nalguns anos anteriores, não acompanhando os números negativos que a economia portuguesa tem vindo a apresentar”. O PS foca a “redução da dívida a curto prazo” e da “subida das receitas correntes”. Situação que a oposição também refere embora realçando o “aumento” da despesa corrente. Quanto à contratação de 15 novos funcionários, o PS justifica que a sua entrada é o “reflexo da implantação de novos serviços, carenciados de pessoal especializado”. Sublinham ainda que “algumas contratações a termo certo têm sido suportadas a 100% por programas de índole social”.O relatório e as contas serão analisados pela assembleia municipal na segunda-feira, 26 de Abril.

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